O presidente do Instituto Creatio, Luciano Carvalho Mesquita, e a presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano, Econômico e Ação Social (Idheas), Maria Guimarães Bueno de Araújo, continuam foragidos da Polícia Federal, conforme informações obtidas pelo
Olhar Direto.
Os líderes das Organizações Sociais de Interesse Público (Oscips), tiveram o mandado de prisão temporária decretada pela Justiça Federal, durante a Operação Hygeia, e são acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) superior a 51 milhões.
Apesar de ficarem mais populares depois da operação, as duas Oscips são apontadas nas investigações da Polícia Federal como empresas criadas para desvio de verba pública por meio de contratos e licitações irregularidades firmada com prefeituras do interior de Mato Grosso.
O advogado Wendel Rolim Wender, que defende a presidente do Idheas, disse que sua cliente deverá se apresentar nas próximas horas e afirma aguardar o momento adequado como estratégia. No último sábado (10) Maria Guimarães deveria ter se apresentado à PF, mas preferiu acatar a orientação dos advogados Wendel e Flaviano Taques.
As investigações da PF revelam que Maria Guimarães Nas investigações, a PF apontou que Maria Araújo possui ligação com Ronilton Souza Carlos, diretor do Creatio. Além disso com os irmãos empresários, Waldemir Padilha e Valdebran Padilha, sendo o último ligado ao deputado federal Carlos Abicalil (PT) e que ficou conhecido como um dos "aloprados" que tentaram vender em 2006 um dossiê contra o PSDB.
Todos tiveram a prisão preventiva decretada na Operação Hygeia, pelo juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, e prorrogadas no domingo (11) pelo juiz plantonista, José Pires da Cunha.
Conforme a PF, o favorecimento indevido do Idheas foi realizado em Tangará, Cuiabá e Timóteo (MG) no valor acima de R$ 6,4 milhões. A diretora do Instituto em Tangará, Valéria Nascimento, também continua presa.
No caso do Creatio, o favorecimento ocorreu em Cáceres, Pontes e Lacerda e Santo Antônio do Leverger.
Investigação
A Operação Hygeia foi deflagrada para combater fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e apura crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação. Trinta e uma pessoas foram presas nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Rondônia.
Já tiveram revogadas as prisões e já ganharam a liberdade Ídio Nemésio de Barros Neto, chefe do setor de Logística da Funasa, Rodrigo Guerra Duarte (ligado à Prefeitura de Timóteo (MG) e ao instituto Idheas), Francenylson Luiz Dantas dos Santos (atuou como contador do Idheas) e Williames Pimentel de Oliveira (ex-diretor-geral do Departamento de Administração da Funasa).
No entanto, o juiz acatou um novo pedido de prisão temporária contra o diretor comercial da Oscip Idheas, Celino Henrique Lugon Fraga.
Confira quem está preso:
Abel Alves Saraiva dos Santos
Ana Beatriz Muller (agente de viagens da Intertur Turismo)
Carlos Renato de Souza Bernardo
Carlos Roberto Ribeiro de Miranda (tesoureiro PMDB)
Denilson Pereira (funcionário da CHC Taxi Aéreo)
Djalma Rodrigues Porto
Edson Petille (coordenador da Funasa 2004/2005)
Evandro Vitório (coordenador da Funasa 2006/2007)
Faustino Dias (Prefeito cassado de Santo Antônio do Leverger)
Francisco Salvador (dono da CHC Taxi Aéreo)
Gleida Mariza Costa (fiscal de contratos da Funasa)
José Luis Gomes Bezerra (sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra)
Kurte Luiz Matte
Lauriel Francisco da Silva (servidor Funasa Canarana)
Marco Antônio Stangherlin (coordenador da Funasa)
Mario Lemos de Almeida (secretário de Saúde de Tangará da Serra)
Odil Benedito Antunes do Nascimento (ex-secretário de Finanças de Santo Antônio do Leverger)
Paulo Félix Castro de Almeida
Rafael Bello Bastos (secretário-geral do PMDB)
Renata Guimarães Bueno
Ronildo Lopes do Nascimento
Ronilton Souza Carlos (Um dos fundadores do Creatio)
Valéria Nascimento (diretora da Oscips Idheas, de Tangará da Serra)
Valdebran Carlos Padilha da Silva (empresário)
Waldemir José Padilha Silva (empresário)
Warley Guerra Duarte
Washington Luis Melo dos Anjos
Wellington Pereira
Nova prisão decretada:
Celino Henrique Lugon Fraga (diretor comercial do Instituto Idheas)
Foragidos
Luciano Carvalho Mesquita
Maria Guimarães Bueno de Araújo
Soltos
Idio Nemésio de Barros Neto
Rodrigo Guerra Duarte
Francenylson Luiz Dantas dos Santos
Willianes Pimentel de Oliveira
