O deputado federal Carlos Abicalil, presidente regional do PT, ironizou a carta de apoio conquistada pela senadora Serys Slhessarenko (PT) com as assinaturas de sete parlamentares federais petistas e, com muita tranquilidade, considerou a manifestação como natural.

Sobre a possibilidade de também apresentar uma lista de apoio com outros parlamentares, disse que seu maior interesse está nos votos dos eleitores de Mato Grosso. “Se fosse movido por isso poderia apresentar dezenas de assinatura de deputados e senadores em apoio à minha candidatura, mas este foi um importante presente de aniversário para senadora Serys”, ironizou o parlamentar em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Sobre o apoio conquistado pela senadora, o deputado classificou como normal, principalmente, por se tratar de petistas candidatos à reeleição. “Dos sete apoios que ela recebeu, cinco são candidatos à reeleição. É natural que esses candidatos apoiem outros candidatos na mesma condição”, justificou.

O deputado também manifestou discordância com relação à opinião da senadora de que a disputa interna no PT irá prejudicar o partido colocando em risco a representatividade da bancada. Segundo ele, o PT tem a melhor imagem pública perante a população e os dois mandatos, tanto da senadora quanto dele, são os mais bem avaliados.

“O meu pensamento enquanto presidente do partido é olhar para o futuro, não olhar para trás. É perceber que não há nada do atual cenário político que possa prejudicar minha candidatura ao Senado. Se fosse pelo meu comodismo o melhor seria garantir o meu mandato de deputado federal, mas proponho essa mudança porque acredito no crescimento do partido”, explicou.

O parlamentar lembrou ainda que esta será a primeira vez que o PT irá coligar com um partido maior, como o PMDB, e acredita que este cenário possibilitará a vitória da ex-ministra Dilma Roussef à presidência e a manutenção de um cargo ao Senado, além da ampliação das cadeiras na Câmara Federal.

“Essa aliança e a minha candidatura abrem espaços para criação de novos quadros dentro do partido”, defendeu.

Sobre baixo nível da campanha para prévias, apontada pelo presidente nacional do PT, Eduardo Dutra, Abicalil defende que não partiu dos candidatos, mas sim por segmentos que apoiam um lado da disputa e que têm utilizado a imprensa para fazer uma guerra suja e tendenciosa.