Uma comissão de militares do Vale do Araguaia, com a participação da Associação de Familiares de Militares (Afamiva), está buscando um entendimento junto ao novo comando da PM e ao governador Silval Barbosa (PMDB), que esteve em Barra do Garças, nesta sexta-feira (15), para suspender a portaria que transferiu 14 militares do município para outra região.
A transferência foi proposta no governo de Blairo Maggi como punição a militares que por intermédio de familiares estavam envolvidos numa greve branca, denominada farda molhada.
O movimento resultou na abertura de sindicância e transferência mais de 72 militares em todo o estado. No Vale do Araguaia foram 14 somente em Barra do Garças, segundo a presidente da Afamiva, Antônia Parreira.
“Nós queremos que o governo reveja essa decisão mesmo porque recentemente uma lei federal de anistia foi votada nesse sentido em Brasília”, relembrou. Uma reunião foi marcada para tarde desta quinta-feira (15) para tratar sobre esse assunto e a comissão requer um encontro com o coronel Lino Farias e o governador Silval Barbosa para pedir o perdão dos militares.
A presidente da Afamiva ponderou que a punição aos PMs prejudicou também o efetivo da cidade de Barra do Garças. “Se conseguirmos reverter essa situação vamos ter mais homens patrulhando a cidade”, alertou.
O boletim interno que suspendeu os militares foi publicado no dia 19 de dezembro de 2008 pelo comando da PM usando como base a lei 1.689/73 e um decreto estadual 591/80 que permite a movimentação de oficiais e praças da Policia Militar do Estado de Mato Grosso.
Alguns dos transferidos entraram na Justiça e outros estão de atestado médico. A lista dos PMs que pedem anistia ao governador Silval são: os sargentos Elton Vieira e Edson Antônio da Miranda; os cabos: João Albuquerque, Ronildo Pereira Rodrigues, Agenor Miguel de Oliveira, Narciso Cavalcante de Sousa, Ubiratan Gama de Souza, Élson Camilo da Silva, João Francisco da Silva, e os soldados Carlito Figueiredo, Fabio Rodrigues da Silva, Ricardo Fernandes da Silva, Vinicius Fernando Costa Matos e Eureslindo Alves Pereira.
