O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região deferiu liminar em habeas corpus para o assessor e o sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva, na noite desta sexta-feira (16). Carlos Miranda, tesoureiro regional do PMDB e José Luis Gomes Bezerra, são acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), e foram presos pela Polícia Federal na Operação Hygeia, deflagrada no dia 7de abril.

O pedido foi deferido hoje pelo desembargador do TRF, Olinto Menezes. Os advogados Ulisses Rabaneda e Francisco Faiad contratados pelos assessores, protocolizaram o recurso contra a decisão do juiz que decretou a prisão preventiva de 12 investigados pelo desvio superior a R$ 51 milhões do órgão. O magistrado também determinou o afastamento do cargo de 13 servidores públicos, inclusive o assessor parlamentar Rafael Bastos, que trabalha para o deputado federal Carlos Bezerra. Ele estava preso temporariamente, mas ganhou a liberdade como outros 23 acusados que foram liberados desde que foi deflagrada a operação.

Os empresários Waldemir Padilha e seu irmão petista Valdebran Padilha, sendo o último conhecido como um dos "aloprados" que tentou vender em 2006 um dossiê contra o PSDB, continuam presos.

Na lista também está o presidente do Instituto Creatio, Luciano Carvalho Mesquita, e a presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano, Econômico e Ação Social (Idheas), Maria Guimarães Bueno de Araújo. Dois acusados ainda continuam foragidos.

Atualizada às 18h30