O deputado estadual Adalto de Freitas, Daltinho (PMDB), fez um balanço positivo sobre audiência pública de Ribeirão Cascalheira, que tratou sobre a regularização fundiária em Mato Grosso. Segundo o peemedebista, nunca houve uma audiência como esta com presença de tantas autoridades. Ele citou o fato da audiência ter reunido três ex-governadores, um senador da república, cinco deputados federais e a presença da Assembléia Legislativa discutindo e propondo soluções para um tema extremamente importante para o Araguaia.
Daltinho informou que o governador Silval Barbosa assumiu um compromisso com os trabalhadores rurais em nome da Assembléia Legislativa de montar uma equipe de trabalho para discutir o tema mais de perto. “Vamos levantar a situação das glebas para estarmos regularizando essa situação” frisou o peemedebista. Sobre o fato de alguns pré-candidatos terem participado da audiência o parlamentar acredita que não vai apagar o brilho do evento. “A população sabe separar uma coisa da outra. Prova disso que muitos me parabenizaram ao final do evento” destacou.
A audiência de Ribeirão Cascalheira repercutiu em todo estado, segundo o deputado, pois outras regiões do estado querem promover debates sobre esse assunto. Hoje não existe um dado correto acerca deste assunto, mas estima-se que 50% dos assentamentos agrários são desprovidos de títulos de propriedade. A titulação é o primeiro passo para que os trabalhadores rurais possam ter acesso aos financiamentos e linhas de crédito do governo federal e estadual.
O peemedebista disse que propôs que a audiência fosse realizada no Araguaia pelo número de glebas existentes no Vale do Araguaia. Ele recordou que a maior luta fundiária do estado está no Baixo Araguaia com a gleba Suiá-Missu ocupada por aproximadamente 2,5 mil famílias que criaram uma pequena cidade denominada Estrela do Araguaia que tem escola, posto de saúde, hotel, restaurante e posto de gasolina. Todavia, os trabalhadores de lá são rotulados como posseiros e não têm o título da área que está em litígio porque a Funasa requer a área como indígena.
Daltinho recorda que outra luta no Araguaia é com relação à gleba União, que no próximo dia 1º de maio, será realizada uma manifestação contra o Incra, que insiste com parecer que aquela área é uma reserva ambiental colocando em risco a permanência de 200 famílias, em Alto da Boa Vista.
