O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) afirmou, nesta terça-feira (27), que vê um viés político e eleitoral "evidente" na Operação Hygeia, deflagrada pela Polícia Federal para coibir supostos esquemas, fraudes em contratos e licitação e desvios de recursos na Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

"A operação foi feita para prejudicar o PMDB, o PT, o Silval (Barbosa, governador de Mato Grosso), o deputado Carlos Abicalil ( PT) e a mim. Isso é evidente. Resta saber quem está por trás disso", declarou Bezerra, em entrevista para o Olhar Direto, deixando claro que as iniciativas do Ministério Público Federal e da Justiça Federal tiveram intituito político-eleitoral.

A Operação Hygeia atingiu diretamente o parlamentar, por prender seus assessores diretos e ainda por diversas conversas interceptadas pela PF, o nome do peemedebista fica em evidência. Foram presos o secretário-geral do PMBD, Rafael Bastos, o tesoureiro Carlos Miranda e ainda José Luis Gomes Bezerra, sobrinho de Carlos Bezerra.

Os três são acusados de participarem de um esquema de desvio superior a R$ 51 milhões da Funasa. Eles teriam forte influência na decisões da diretoria do órgão e direcionavam os contratos à empresas ligadas aos empreiteiros Valdebram Padilha e Waldemir Padilha.