A informação de que há vazamento de voto de desembargador, constatada em auditoria criada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), antes mesmo que a ação tivesse sido julgada em plenário, será encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é o que assegura o conselheiro Jorge Hélio Chaves , em entrevista ao site Olhar Direto.

“Eu recebi a notícia aqui e vou levar ao CNJ para a Comissão de Informática investigar”, explicou Jorge Hélio. O conselheiro afirmou ainda que o magistrado tem total autonomia para Jorge divulgar o voto antes, mas que esta é uma prática pouco usada no judiciário.

Chaves ressaltou ainda que deve-se apurar se o problema no vazamento dos votos não é uma falha no sistema de informática, uma vez que com instalação de novos programas de unificação de processos esse tipo de erro tem acontecido em vários estado. “Tem que se verificar se não foi uma falha no programa de informática, porque isso tem acontecido muito no judiciário de todo o Brasil”.

O conselheiro, que participou na tarde de hoje (29) do simpósio “Novos Rumos para o poder judiciário”, juntamente com diversas autoridades do judiciário mato-grossense e nacional, foi enfático durante discurso e admitiu a prática de venda de sentenças nos Tribunais de Justiça do país. “Temos que acabar com esse tabu, onde tem poder e existem pessoas que não estão preparadas para exercê-lo essa prática existe”.

No entanto, ao se referir a situação do judiciário de Mato Grosso que passa por crise histórica, o conselheiro avaliou positivamente o trabalho administrativo e jurisdicional que vem sendo realizado. “O pior já passou e o melhor está por vir. Houve desvio de conduta, mas já está sendo resolvido”.