Estudantes secundaristas e universitários foram às ruas de Cascavel (498 km de Curitiba) na manhã de hoje para pedir o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná.

Com faixas, cartazes, apitos e gritando palavras de ordem, os manifestantes cobraram a punição dos deputados envolvidos no escândalo que desencadeou uma das maiores crises da história do Legislativo paranaense.

As denúncias de irregularidades começaram a surgir em meados de março com a descoberta da contratação de funcionários fantasmas, sem a publicidade legal das nomeações.

No último sábado, uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu nove pessoas acusadas de participar do suposto esquema de corrupção.

O Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão no prédio da Assembleia e recolheu documentos para dar sequência as investigações. Nenhum deputado foi preso, apenas funcionários da Assembleia. Em outra operação realizada no dia 24 de abril, o Gaeco prendeu 11 pessoas, entre elas três ex-diretores da Casa.

O protesto, organizado pela UPE (União Paranaense de Estudantes) e Movimento "Caça-Fantasmas", teve apoio de sindicatos e entidades de classe, entre elas a OAB.

Os estudantes prometem voltar às ruas até que o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), e toda a Mesa Diretora deixem o comando da Casa.

De acordo com os organizadores do protesto, 500 pessoas participaram da manifestação em Cascavel. Os protestos que começaram em Curitiba estão se espalhando rapidamente pelo interior do Estado. Novos atos estão programados em várias cidades para o dia 19 de maio.