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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Governador do Ceará critica procurador que quer embargar obra da Copa-2014

O governador do Ceará Cid Gomes (PSB) disse nesta sexta-feira que as obras do estádio do Castelão para a Copa-2014 não vão ser prejudicadas pela ação do Ministério Público de Contas, que quer embargar a licitação por suspeita de restrições "anticompetitivas".

O governador do Ceará Cid Gomes (PSB) disse nesta sexta-feira que as obras do estádio do Castelão para a Copa-2014 não vão ser prejudicadas pela ação do Ministério Público de Contas, que quer embargar a licitação por suspeita de restrições "anticompetitivas".


"O jovem procurador está no afã de fazer isso agora, mas nós estamos no estudo dessa parceria público-privada há um ano", afirmou o governador.

Conforme a Folha revelou, o valor da construção do estádio já foi previamente acordado pelo governo, e o vencedor da licitação será o autor da melhor oferta para administrar o estádio por oito anos, o que representará apenas 22% do valor global, estimado em R$ 617 milhões.

Nas palavras do Ministério Público, esse modelo é "desvirtuado, sem lógica e anticompetitivo". O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Gleydson Alexandre, que assina a representação, preferiu não comentar a declaração do governador Cid Gomes.

Pela previsão do governo do Ceará, as obras devem começar no mês que vem. O governador disse à Folha nesta sexta-feira que a fase de recursos foi finalizada e duas empresas foram habilitadas, totalizando quatro consórcios. "Agora estamos na fase de análise técnica e depois decidiremos qual a melhor proposta", afirmou.

Como a Folha mostrou, um dos consórcios é formado por duas empresas que doaram R$ 200 mil à campanha de Cid Gomes. O governador nega que isso influenciará na escolha. "Pode ter certeza que não isso será levado em conta".

A construção, segundo Cid Gomes, custará cerca de R$ 446 milhões e não será alvo da disputa. O governador disse que preferiu adotar um modelo de preço fechado do que correr o risco de ter que pagar a mais pelo serviço, com eventuais aditivos no contrato.

O governador disse ainda que o preço foi baseado na tabela de custo que o governo utiliza há anos.

"Procure uma obra pública no Brasil acima de R$ 100 milhões que não tenha aditivos. Infelizmente acontecem problemas em grandes obras. Ficamos com um dilema e decidimos fazer com o valor fechado", afirmou.

Apesar de criticar a representação do Ministério Público, Cid Gomes admitiu atrasos na obra. "Não gostaria que estivesse atrasado, mas isso não está no nosso poder. Esses 30 dias de atraso não atrapalham o cronograma final, que é para abril de 2013. Temos folga no prazo", disse o governador.

Cid Gomes também admitiu que a licitação poderia ficar mais barata se tivesse excluído o prédio da Secretaria de Esportes, como sugeriu o Ministério Público. "Não é que a gente queira fazer a secretaria, é porque ela vai ser demolida e, para não ficar sem lugar, colocamos na licitação", afirmou. "Claro que ia ficar mais barato. Mas iam ficar duas empresas trabalhando no mesmo lugar e se atrasasse uma ia colocar culpa no outra", completou o governador.
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