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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Zé do Pátio não recua e greve pode ser deflagrada na próxima semana

Após três horas de reunião entre servidores públicos, vereadores e o prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) e sua equipe, a categoria não conseguiu convencer o chefe do Executivo municipal a dar o aumento de 16%, ainda que parcelado. A discussão ocorreu na sexta-feira (21). 


Zé do Pátio reformulou sua proposta de 2% de aumento salarial, oferecida para setembro, para ser adicionada aos salários ainda em julho. Os servidores, no entanto, saíram descontentes e com demonstrações de que a greve poderá ser deflagrada na próxima semana.

A decisão de acatar ou não a proposta será tomada na próxima assembléia da categoria, marcada para terça-feira (25), às 14h30, no Canadá Country Clube. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur), Rubens Paulo, convidou o prefeito para participar da Assembléia. Durante a reunião, Rubens afirmou que “o servidor se sente traído e que há boatos pelo Paço Municipal de que o aumentinho virá somente no último ano de governo como forma de reeleição”.

O presidente ainda declarou que se houver greve a responsabilidade não será do servidor público e nem do Sispmur, mas sim da intransigência do prefeito de não dar o aumento reivindicado. No início do encontro, o parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE), publicado na semana passada e assinado pelo conselheiro José Carlos Novelli, foi apresentado a todos os presentes.

De acordo com o parecer, o TCE deu voto favorável ao entendimento do Sispmur de que o município gasta o equivalente a 40,36% de sua receita com a folha de pagamento de servidores e não 51% como relatou o prefeito e sua equipe. Ainda conforme o parecer, a lei permite que seja gasto 60% com folha de pagamento de pessoal, sendo 6% para as Câmaras Municipais e 54% para as prefeituras.

Com o documento, a justificativa da administração de que estaria no limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi excluída pelos servidores, que afirmam que o salário do funcionalismo sofreu estrangulamento com o passar dos anos.

Zé Carlos do Pátio defende que em seu primeiro ano de governo o funcionalismo conquistou 9% de reposição salarial que corrigiu as perdas dos últimos quatro anos e ainda 4,11% em 2010, reajustado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. “Acho justo os servidores reivindicarem o aumento salarial além do que já ganharam, mas somando todos os aumentos oferecidos a reposição chega a 18,06% de ganho real. Vamos continuar dialogando, mas estamos no limite de nossa gestão”, afirmou.

O prefeito ainda pediu compreensão, apoio e carinho dos servidores pela administração e disse acreditar que o funcionalismo será solidário na hora de tomar a decisão. “Tenho certeza que serão solidários porque nosso compromisso está sendo positivo. Sei também que são os servidores os responsáveis por tudo que conquistamos”, declarou.

Por outro lado, o presidente do Sispmur afirmou que 90% das conquistas elencadas pelo prefeito não passam de obrigações da administração pública. “90% disso é obrigação do senhor, prefeito, assim como temos as nossas obrigações do dia-a-dia. E nesses 9% de aumento, 6,5% é de inflação. Durante a campanha colocamos 25% de aumento salarial e não houve restrição da sua parte”, rebateu.
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