O número correto de mandados de prisão da Operação Jurupari tem gerado polêmica e controvérsias. Isso porque a Polícia Federal garante ter em mãos 91 mandados de prisão expedidos pelo juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silva. No entanto, no despacho do magistrado aparecem apenas 73 nomes.

De acordo com a assessoria da PF, para cada pessoa foi expedido um mandado de prisão que tem de ser assinado pelo suspeito, além disso, o presídio não recebe ninguém sem o documento com pedido de prisão. Até agora foram presas 64 pessoas. Sob esta argumentação, a Polícia Federal esclarece a prisão do genro do deputado José Riva, Carlos Antônio Azóia, solto na noite desse domingo (23) por não ter seu nome na decisão do juiz Julier. O delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Franco Perazzoni, considerou o fato como um “erro material”.

Ainda na sexta-feira (21), a Justiça Federal confirmou ao Olhar Direto que há apenas 73 mandados de prisão, conforme consta da decisão. No despacho de Julier existe apenas o mandado de busca e apreensão contra Azóia, que teve R$ 25 mil apreendido na residência do deputado Riva.

A confusão com relação aos nomes e números pode ter ocorrido devido a dois órgãos distintos terem expedido os pedidos de prisão, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). Isso porque, algumas pessoas, como o caso da esposa de Riva, Janete Riva, tiveram o mandado de prisão solicitado apenas pelo procurador da República, Mário Lúcio Avelar, enquanto outras tiveram seus pedidos feitos pela PF.

Portanto, como a PF atesta que possui 91 mandados de prisão expedidos individualmente, o erro pode ser da Justiça Federal, que pode não ter repassado todos os nomes na decisão.