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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Economia

Governo sempre tomará medidas para que inflação volte ao centro da meta de 4,5%, diz Barbosa

O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, destacou hoje (2), durante o 10º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o governo continua atento à inflação e, por isso, tem adotado medidas necessárias para alcançar a meta estabelecida este ano, de 4,5%. O percentual pode ter variação de dois pontos para cima ou para baixo.


Ele lembrou que a inflação atual foi gerada por choques não relacionados à demanda e citou como exemplo a elevação do preço dos alimentos após um período de chuva, o que provocou a queda na oferta. “O governo tem que tomar medidas para que esse choque temporário não cause uma aumento persistente da inflação”, disse.

Entre as medidas adotadas para que a inflação não saia do controle, Barbosa destacou a elevação do recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central (BC) a níveis parecidos aos existentes antes da crise, quando existia uma preocupação com o aumento excessivo do crédito. Para controlar o compulsório, naquele momento, o recolhimento obrigatório dos bancos chegou a 8% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Com a crise, o compulsório foi rapidamente reduzido para próximo de 5% do PIB, algo como R$ 110 bilhões a R$ 120 bilhões. E, recentemente, devido a percepção de um excesso de liquidez do mercado, o BC recompôs para volumes bem próximos ao período pré-crise”, explicou.

Ele enfatizou que as ações da política monetária visam ao retorno da inflação para o centro da meta, de 4,5%. Estimativas de mercado, citadas por Barbosa, mostram que a inflação medida pelo índice oficial usado pelo governo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pode chegar a 4,5% até o final de 2011. Ele destacou que já existe uma forte desaceleração dos índices para o consumidor, com queda nos preços dos alimentos, embora, no atacado, tenha havido um movimento contrário devido ao aumento do preço do minério de ferro.

Outra componente importante da política monetária destacada pelo ministro, no balanço do PAC, foi a a taxa de juro real (juros menos inflação). Ele explicou que a taxa esperada pelo mercado atingiu, antes da crise, 9,2% ao ano, caindo para 4,8% durante os momentos de turbulência e passou, agora, devido à elevação dos juros pelo BC, para 6,2%.

“Certamente ela atingirá o nível pré-crise e ficará flutuando entre 5 e 10 pontos percentuais neste ano, com tendência de queda. No final de 2002, a taxa real de juros do Brasil estava flutuando entre 15% e 20%. Hoje, ela está flutuando entre 5% e 10%”, afirmou. Mesmo com essas oscilações, o ministro acredita que a tendência da taxa real de juros no Brasil é de queda, podendo ficar inferior a 5% até 2014.
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