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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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'Foi um Apocalipse Now', diz brasileira sobre ação contra frota humanitária

Chegou na noite desta quarta-feira (2, horário local) a Istambul, na Turquia, a cineasta Iara Lee. Ela é a única brasileira entre os quase 600 ativistas que tentaram furar o bloqueio da Faixa de Gaza na última segunda-feira (31) e foram interceptados com violência pelas forças de Israel. Após desembarcar na Turquia, ela deu uma declaração ao enviado especial da TV Globo, Ari Peixoto.


“Foi muito surpreendente. Foi um 'Apocalipse Now' o que a gente presenciou. Como se tivesse numa guerra declarada. Os israelenses entraram com equipamentos e armas como se fosse a 3º Guerra Mundial”, afirmou a brasileira.

Os três aviões civis que levavam 527 ativistas deportados de Israel chegaram na madrugada desta quinta-feira (3) a Istambul. As aeronaves pousaram às 2h40 locais (20h40 de quarta-feira, 2, de Brasília).

A cineasta Iara Lee, que estava no barco atacado por tropas israelenses na segunda-feira (31), estava no comboio. Ainda não se sabe qual será o destino da ativista depois disso. Ela deverá receber auxílio do corpo diplomático brasileiro na Turquia.

O governo israelense havia prometido que todos os ativistas estariam fora do país até o fim do dia. Cerca de 125 outros militantes expulsos por Israel fora transferidos para a Jordânia através do posto de fronteira de Allenby.


A cineasta brasileira Iara Lee desembarca em Istambul. (Foto: Káthia Mello)O governo de Benjamin Netanyahu decidiu expulsar todos os militantes estrangeiros presos depois do violento ataque contra a frota humanitária internacional que se dirigia para Gaza. Após a pressão internacional, mesmo os que seriam processados foram libertados.

Em meio à revolta internacional pela morte de nove ativistas no incidente, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, visitou soldados envolvidos na ação e disse a eles: "Vim em nome do governo israelense dizer obrigado."

Israel argumentou que seus soldados agiram em legítima defesa, por terem sido agredidos com canos e facas pelos ativistas quando desciam de helicóptero no navio turco Mavi Marmara, na madrugada de segunda-feira.

Veja mapa da região. (Foto: Arte g1)A frota de ativistas tentava furar o bloqueio que Israel impõe aos 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza, o que é uma forma de pressão contra o governo do grupo islâmico Hamas.

Apesar de analistas terem apontado falhas táticas na operação, Barak elogiou a atuação dos soldados sob circunstâncias tão complicadas.

Com aval dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação imparcial das mortes na frota humanitária, cujas embarcações e ativistas eram majoritariamente turcos.

Especula-se em Israel que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu irá nomear uma comissão judicial para determinar se os militares erraram ao não levarem em conta a resistência que os ativistas ofereceriam no Mavi Marmara.
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