O São Paulo tem até o próximo sábado (12) para enviar garantias financeiras à Fifa de que pode fazer a reforma do Morumbi para receber a abertura da Copa de 2014. De acordo com o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, o quinto projeto apresentado pelo clube foi aprovado pela entidade. Porém, se o Tricolor não apresentar de onde virão os recursos, o estádio será vetado para a partida de estreia.
- Faltam garantias financeiras de realização do projeto. Ou chegam no dia 12, ou acaba o Morumbi [sonho de sediar a abertura da Copa]. Há muita chance de pintar plano B.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta, o São Paulo desistiu de brigar para receber a primeira partida do Mundial de 2014. A publicação afirma que as exigências da Fifa aumentaram o valor da obra para R$ 630 milhões, cifra considerada inviável pelo Tricolor. A previsão do clube era gastar cerca de R$ 240 milhões, conforme publicado no portal do ministério do Esporte.
Caso seja vetado para a abertura da Copa, o Morumbi deve ganhar uma reforma mais "modesta", apenas para se enquadrar nos critérios da Fifa. Entre as medidas mais controversas, que encareceram a obra, estão o rebaixamento do gramado e a demolição do anel intermediário do estádio, de acordo com o jornal.
Da África do Sul, a CBF mandou um recado ao Tricolor e praticamente descartou o Morumbi para o jogo de estreia da competição. Paiva afirmou que os projetos de estádios privados eram os que mais preocupavam o Comitê Organizador da Copa de 2014.
O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva (o Leco), disse que o clube tem condições de apresentar as garantias pedidas pela Fifa. O dirigente, porém, afirmou que o Tricolor espera uma resposta da Fifa de que terá o palco da abertura, para então viabilizar a obra.
- Não desistimos. Estamos analisando como faremos a obra, mas o projeto está em andamento. Se o São Paulo for escolhido, fará a obra.
Se o Morumbi não for escolhido para abrir o Mundial, existe a chance de ser construído um novo estádio em São Paulo para receber a primeira partida. A obra seria feita com 100% de verba pública.
