Se depender do presidente da Fifa, Joseph Blatter, a televisão não vai ajudar os árbitros nas partidas de futebol. Conservador assumido, o dirigente afirmou nesta quinta-feira que a melhor opção é apostar na profissionalização dos juízes para evitar os erros.

- Com áreas mais visíveis por causa da televisão, apitar tornou-se ainda mais uma grande responsabilidade. Por isso, devemos dar mais importância à arbitragem, devemos educar os árbitros, ter certeza que isso é uma profissão e não algo que só fazem no final de semana – disse o suíço no encerramento do 60º Congresso Anual da Fifa, em Joanesbugo.

Perguntado se a Fifa não estava longe da modernidade por não aceitar a tecnologia para ajudar nas marcações, Blatter lembrou que as regras do futebol foram feitas em 1886, muito antes da televisão. E que ter somente um árbitro em campo é “a base do jogo”.

- O universo do futebol é feito nas leis do jogo. É baseado em 124 anos. Só há um arbitro, é a base do nosso jogo. Você joga no profissional, no amador, em alto nivel, só com um juiz. A lei do jogo diz que o auxiliar, chamado de bandeirinha, “pode” ser usado. Pode. Não é “deve” - afirmou.

Sobre a experiência com mais auxiliares nas partidas, como os que ficavam atrás dos gols na Liga Europa, Blatter disse que o resultado não foi tão bom assim.

- Na Liga Europa, os resultados não foram convincentes. Temos que fazer mais experiências para melhorar o controle do jogo. Para mim, deve ser desenvolvendo o trabalho do juiz. Já fizemos experiências com dois árbitros, mas são questões para depois da Copa, em outros testes. Somos conservadores, mas no futebol é bom ser conservador às vezes, pois senão mudaríamos as regras todos os anos - concluiu.