Um dos gêneros de games mais populares é o de tiro em primeira pessoa. Os first person shooters (FPS) conseguem levar os jogadores para todo o estilo de cenários, desde confrontos baseados em locações reais até mundos futuristas e fantasiosos.

O G1 jogou alguns dos títulos deste gênero mais aguardados. Cada um deles traz um estilo diferente que agradará a todo o tipo de fã.

'Bulletstorm'
O game foi desenvolvido por Cliff Bleszinki, o criador da franquia “Gears of war”. O grande diferencial do titulo é que ele não se leva a sério, apresentando ação que foca diferentes modos de torturar e de eliminar os inimigos. Bleszinski disse que na maioria dos jogos, o herói é sempre a caça. “Em ‘Bulletstorm’, ele é o caçador”.

O objetivo de “Bulletstorm” é eliminar os inimigos de modos diferentes, o que garante pontos extras. Quanto mais ele sofrer ao ser eliminado, seja com um tiro na cabeça, nas partes intimas ou sendo jogado contra uma mina terrestre, mais benefícios o jogador terá, podendo trocar por novas armas e munições especiais.

Tudo é extremamente exagerado, o que torna o titulo muito divertido. A violência é caricata, provocando risos ao, por exemplo, conseguir jogar o adversário contra um cactos e, antes que ele morra espetado, desferir fazer a sua cabeça explodir com tiros – algo que garante uma grande pontuação.

Na demonstração havia duas armas: uma metralhadora e um lança-granadas. A primeira tinha como poder especial dar um tiro com cem balas compactadas que, ao atingir o inimigo, o desintegrava. Já a segunda atira um projétil que é composto por duas granadas presas por uma corrente. Ao lançar contra o adversário, as correntes o prendem e o jogador é quem decide quando detonar os explosivos. Com sabedoria, é possível lançar diversos inimigos para o ar e, enquanto eles flutuam, desferir mais tiros com a metralhadora.

Eliminar um inimigo de forma muito criativa, criando sequências de ataque, ou combos no jargão gamer, elevam a pontuação a números estratosféricos. A reportagem conseguiu fazer algo um tanto inusitado e que serve para explicar o foco deste título: ao lançar a granada com correntes contra um poste e detoná-la, cinco inimigos foram para os ares. Quando isso acontece, seus corpos flutuam em câmera lenta, justamente para que o jogador possa utilizar de recursos para torturá-los. Um se despedaçou com a explosão enquanto outro perdeu a cabeça com os tiros disparados enquanto ele estava no ar; já o outro perdeu as pernas. Pouco antes de cair no chão, o quinto levou um chute do personagem controlado pela reportagem, tocando em um explosivo que estava no chão, voando pelos ares até morrer com um tiro certeiro.

O personagem principal ainda possui uma espécie de chicote magnética. Ao lançá-lo contra os adversários, o jogador consegue jogá-los para o ar, permitindo realizar qualquer atrocidade com eles.

“Bulletstorm” é uma das surpresas desta E3 e deve chegar para o Playstation 3, o Xbox 360 e o PC apenas em 2011.

'Killzone 3'
De acordo com o diretor de arte de “Killzone 3”, Jan-Bart Van Beek, o game exclusivo do Playstation 3 desde o início teve o seu desenvolvimento focado na tecnologia 3D. Por conta disso, ele é um dos jogos que consegue melhor aproveitar as imagens que apresentam profundidade e que, por vezes, saltam da tela.

Killzone 3” apresenta um visual levemente melhorado em relação à versão anterior, com texturas mais definidas, mas o grande destaque é o 3D. Por meio dele, visualiza-se os inimigos à grandes distâncias e o jogador sente-se realmente dentro do mundo de fantasia. Esta perspectiva auxilia no momento de criar táticas de combate pois é possível saber a distancia real onde um inimigo está escondido.

Na demonstração estava o Jet Pack, uma espécie de armadura que permite voar por alguns estantes. Assim, o jogador consegue alcançar locais de difícil acesso, bem como pegar inimigos desprevenidos que estão olhando para baixo. Aqui também novamente o 3D ajuda o jogador a calcular a distância de cada salto, uma vez que o tempo de voo é limitado.

Para compensar o grande uso de poder de processamento do PS3, os cenários de “Killzone 3”estão um pouco menores que o da segunda versão. O motivo disso é que o console tem que processar duas imagens de alta definição com texturas de alta qualidade ao mesmo tempo.

O game está previsto para chegar às lojas em fevereiro de 2011.

'Halo: reach'
Embora não tenha evoluído muito em termos de gráficos desde a versão “Halo 3: odst”, “Halo: reach” faz parte da franquia que já quebrou todos os recordes de vendas no Xbox 360. Então, em vez de contar mais sobre a história, que mostra os acontecimentos antes do primeiro “Halo”, ou sobre as fases que estarão no título, os produtores anunciaram um novo modo on-line, o Firefight.

Os modos on-line da série “Halo” são os preferidos dos fãs e, por conta disso, foi incluído o Firefight. Ele nada mais é do que a criação de um cenário de jogo, onde o usuário seleciona tudo o que vai acontecer: desde quais e quantos inimigos aparecerão até armas disponíveis e quais serão os objetivos da fase.

Existem inúmeras opções de criação que, depois, podem ser compartilhadas com amigos ou divulgar na internet. Existe até um ranking de avaliação para a criação dos gamers. Após configurar o Firefight, até quatro jogadores podem participar do confronto tanto por meio de rede local quanto pela internet.

'Crysis 2'
Conhecido por ser um dos games com o maior nível de detalhes, “Crysis” é um game de tiro ambientado em um mundo futurista. Depois de se aventurar em uma ilha paradisíaca,o jogador agora deve enfrentar uma ameaça alienígena em pela cidade de Nova York em “Crysis 2”.

A cidade está aos pedaços, quase completamente destruída por conta dos confrontos entre humanos e aliens. Além de ter que se preocupar com os inimigos, os quais a produtora promete apresentarem a melhor inteligência artificial neste estilo de jogo, os jogadores deverão se preocupar com o cenário. Os arranha-céus da cidade estão desmoronando.

Para enfrentar estes adversários e o ambiente em constante mudança, o personagem principal utiliza uma roupa chamada de Nanosuit que, além de garantir maior poder de defesa, permite se tornar invisível e até correr mais rápido.

O titulo apresenta um mundo aberto, ou seja, o jogador é livre para explorar qualquer canto da cidade onde receberão missões a serem completadas. Na rápida demonstração, os produtores mostraram uma batalha contra um monstro gigante em plena estação central de metrô da cidade. Para vencê-lo, foi necessário utilizar lança-mísseis e as habilidades da Nanosuit. Após vencê-lo, os alienígenas atacaram, derrubando um grande prédio ao lado da estação, obrigando o jogador a sair o mais rápido do local.

Em produção para PS3, X360 e PC, o game chega no final deste ano. Ele será compatível com a tecnologia 3D em todos estes aparelhos.