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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Namorado e mordomo sempre serão suspeitos, diz ex de advogada morta

Considerado pela Polícia Civil de São Paulo o principal suspeito pela morte de Mércia Nakashima, seu ex-namorado, o advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo, de 40 anos, declarou ao G1 que “sempre o namorado ou o ex é o principal suspeito, é como o mordomo.” Em entrevista feita por e-mail, ele respondeu nesta sexta-feira (18) a maioria das perguntas feitas pela reportagem e repassadas por seu advogado, Samir Haddad Júnior.


O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) trata a morte da advogada de 28 anos como assassinato e considera Bispo, que a namorou por mais de quatro anos, envolvido com o crime. Para a investigação, ele teria tido a ajuda de mais outra pessoa. Um vigilante que conhece o advogado é procurado para prestar esclarecimentos. Ele sumiu depois de os bombeiros encontrarem o corpo de Mércia. Bispo alega inocência.

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Em 11 de junho, a advogada foi achada boiando, sem vida, numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado. No dia anterior, o carro dela, um Honda Fit prata, havia sido localizado e retirado das águas. Um pescador afirmou à polícia ter visto o veículo afundar e ver um homem não identificado sair do carro no dia 23 de maio, horas depois de Mércia deixar a caso dos avós em Guarulhos, na Grande SP. A testemunha é considerada chave para esclarecer o homicídio. Ela ainda disse ter ouvido dois gritos de mulher naquela noite de domingo.

Devido a isso, policiais do DHPP e peritos da Polícia Técnico-Científica querem realizar no dia 29 de junho a reconstituição do caso na mesma represa. A reprodução simulada será baseada no depoimento do pescador, que entrou no programa de proteção a testemunhas.

Por enquanto não há provas concretas da participação de Bispo no crime. O que a investigação tem são elementos que indicam que o advogado estava próximo de onde Mércia desapareceu e chegou a passar perto do local no qual ela foi encontrada morta com seu automóvel. Isso foi possível graças ao rastreador do carro do ex-namorado da advogada.

A causa da morte de Mércia ainda é desconhecida. O Instituto Médico Legal (IML) elabora um laudo a respeito. O Instituto de Criminalística (IC) também faz exames no veículo para encontrar alguma pista do suspeito.

A missa de sétimo dia da morte da advogada será às 8h de sábado (19) na Igreja Matriz de Guarulhos.

Leia abaixo trechos da entrevista:

G1 - Como soube da morte de Mércia Nakashima?
Mizael Bispo – Pelo meu advogado Samir Haddad Júnior.

G1- O que sentiu ao saber que sua ex-namorada morreu? No que tem pensado?
Bispo – Uma tristeza profunda.

G1 - Pensou em ir ao velório ou enterro dela?
Bispo – Isso seria uma insensibilidade da minha parte, muitas pessoas ainda acham que fui eu [quem cometeu o crime].

G1 - Pensa em visitar o túmulo de Mércia?
Bispo – No momento, infelizmente não posso fazer isso. Fica a doce lembrança.

G1 - Como tem passado esses dias ao saber que é considerado pela polícia o principal suspeito pelo desaparecimento e morte de Mércia? No que tem pensado?
Bispo – Dias muito difíceis. Eu fui feliz, e tinha uma vida feliz, com minha filha de 11 anos, e agora estou sendo provado.

G1 - Por quê acha que você se tornou o principal suspeito pelo crime?
Bispo - Sempre o namorado ou o ex é [SIC] o principal suspeito, é como o mordomo.

G1 - O que fazia perto da casa da avó de Mércia parado com o carro no estacionamento do hospital?
Bispo - Moro ali perto, sou um homem livre, ando onde quero e não devo nada para ninguém.

G1 - O que acha que possa ter acontecido com Mércia?
Bispo – Ela está morta e esse desígnio de Deus não conseguimos superar.

G1 - Ela tinha inimigos? Recebeu ameaças? Suspeita de alguém?
Bispo - Recebeu ameaças, está nos autos [do inquérito policial].

G1- Por quê deixou sua casa? Onde está ficando? Continua em Guarulhos?
Bispo – Estou na minha casa, minha única casa, e o delegado [Antônio Olim] sabe disso. É que picharam [o imóvel] e passei uns dias fora.

G1- Você está conseguindo seguir uma vida normal? Voltou a trabalhar?
Bispo – Minha vida tem sido um calvário, mas vai passar. Confio na justiça de Deus e [na] dos homens.

G1- O que gostaria de dizer aos parentes da sua ex-namorada?
Bispo – Que não fui eu que matei a Mércia.

G1 -Como era a relação de vocês? Mesmo sendo ex-namorados continuavam a se encontrar?
Bispo – Nos dávamos bem, ficamos juntos quatro anos e meio, não é pouco, e fomos sócios [num escritório de advocacia] também.

G1 – Amava Mércia?
Bispo – Sim, eu amei muito, e sinto muito sua falta.
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