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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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contornando a crise

Tribunal não faz promoção e decide por redução das Câmaras

Foto: Kelly Martins/Olhar Direto

Presidente do TJMT, desembargador José Silvério Gomes, afirma que redução de Câmaras visa contribuir com julgamento de processsos

Presidente do TJMT, desembargador José Silvério Gomes, afirma que redução de Câmaras visa contribuir com julgamento de processsos

O número de câmaras Cíveis, Reunidas e Criminais será reduzido na tentativa de contornar a grave crise no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) sem prejudicar o julgamento dos processos. A decisão foi tomada pelos desembargadores nesta segunda-feira (21), quando os magistrados deliberaram por não realizar as 10 promoções de desembargadores do TJMT, como medida alternativa temporária.


O presidente da instituição, desembargador José Silvério Gomes, reafirmou que as vagas de desembargadores que compõem o Pleno somente serão preenchidas após o julgamento de mérito do Procedimento Administrativo Disciplinar contra o juiz Fernando Miranda Rocha pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A “minirreforma” estabelece, no entanto, a permanência de no mínimo quatro das seis Câmaras Cíveis, duas Câmaras Criminais das três existentes e apenas duas Câmaras Cíveis Reunidas das três que compõem a Corte. Dessa forma, os magistrados serão remanejados para compor o Pleno e o presidente do TJMT refuta a ideia de convocar juízes de primeira entrância para atuarem como substitutos temporários de desembargador, o que vinha ocorrendo desde a aposentadoria compulsória determinada pelo CNJ contra três desembargadores (José Ferreira Leite, Mariano Travassos e José Tadeu Cury). A situação se agravou ainda mais com as aposentadorias voluntárias de mais cinco desembargadores.

“Não vamos fazer nenhuma promoção até que seja julgado a ação no CNJ. A redução das Câmaras faz com que os desembargadores venham compor o Pleno evitando que juízes sejam convocados”, declarou Silvério Gomes, logo após reunião informal para discutir a atual situação do Poder Judiciário com diversos desembargadores, no gabinete. As novas medidas devem iniciar a partir de 1º de julho.

Cada Câmara é composta por um relator, um membro e um vogal. Silvério afirma também que dos 10 juízes de primeira entrância que atuam no Poder, pelo menos cinco deverão retornar para a primeira instância. Ele lembrou também a dificuldade jurisdicional por conta do concurso para preenchimento de 43 vagas de juízes de primeiro grau que está suspenso liminarmente pelo CNJ.

O TJMT tem 30 vagas de desembargadores e conta hoje com apenas 20 preenchidas. O quadro de vacância deve-se a oito vagas em aberto decorrentes de aposentadorias compulsórias e voluntárias como também dois afastamentos cautelares.

A reunião durou aproximadamente duas horas e meia e foi convocada pelo presidente. Entretanto, apenas 13 magistrados compartilharam as dificuldades administrativas decorrentes da falta de julgadores. Questionado sobre a a tese levantada pelo corregedor geral, desembargador Manoel Ornellas de Almeida, de se extinguir 10 das atuais 30 vagas, José Silvério Gomes afirmou que essa não seria a vontade da maioria.

Porém, disse que a proposta será colocada em pauta e decidida pelo Pleno na próxima sessão administrativa, que ocorre a na primeira quinzena de cada mês. "Na minha ótica essa não é a vontade da maioria. Mas aguardo o parecer das comissões e vamos colocar a proposta em pauta", frisou.
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