O ex-governador e candidato ao Senado Blairo Maggi (PR) admitiu, pela primeira vez, o escândalo dos maquinários do programa MT 100% Equipado como algo negativo da sua gestão (2003/2010). Segundo o republicano, o escândalo pode ser considerado ponto vulnerável de seu governo a ser utilizado pelos adversários durante a campanha eleitoral deste ano.
“O superfaturamento dos maquinários é um ponto vulnerável, mas conhecido. Eu não precisava ter passado por isso aos 45 minutos do segundo tempo”, disse o ex-governador durante entrevista ao Programa
Resumo do Dia, transmitido pela
TV Rondon, afiliada do SBT.
Maggi ainda pontuou que o superfaturamento das 705 máquinas e caminhões está sendo investigado e garantiu que Mato Grosso não sairá no prejuízo. Sobre os responsáveis pelo rombo de R$ 44 milhões, constatados pela Auditoria Geral do Estado (AGE), o candidato disse que não se deve “enforcar” os supostos envolvidos até que se prove o contrário.
O escândalo dos maquinários resultou na exoneração de dois dos principais secretários da gestão Maggi, Geraldo De Vitto e Vilceu Marchetti, das secretarias de Administração e Infraestrutura, respectivamente, que ocupavam as pastas desde o início do mandato do ex-governador.
Os ex-secretários, inicialmente, são apontados como os principais articuladores do superfaturamento de R$ 44 milhões na compra dos maquinários. A SAD por ter feito a licitação e a Sinfra por ter efetuado a compra.