O Gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu nesta terça-feira um comunicado em que desvincula a ampliação das colônias judaicas em Jerusalém Oriental e o processo de negociação com os palestinos.

"Israel não vê relação entre o processo de paz e as construções em Jerusalém", indica o Gabinete no texto, divulgado após as críticas que suscitou na comunidade internacional o projeto de novas construções nos assentamentos judaicos na parte oriental da cidade, de maioria árabe.

No comunicado lembra que "Israel nunca assumiu restrições na construção em Jerusalém. Há 40 anos, todos os Governos de Israel construíram em todas as partes da cidade. Nesse período, negociou-se com os palestinos e assinou-se acordos de paz com Egito e Jordânia".

Em alusão às críticas que o anúncio de novas construções suscitou por parte dos Estados Unidos - cujo presidente, Barack Obama, afirmou que é uma medida que "não ajuda o processo de paz" -, no texto se especifica que "as divergências de Israel e Estados Unidos são conhecidas e não são novas".

O comunicado termina destacando que Netanyahu, de visita aos Estados Unidos, acredita poder retomar o processo de negociação com os palestinos.

Além das criticas da Administração americana, o anúncio da construção de mais de mil de casas no assentamento de Har Homa provocou a rejeição da alta representante de Política Externa e de Segurança Comum da União Europeia (UE), Catherine Ashton, que em comunicado pediu a Israel que reconsidere a decisão.

O anúncio também foi taxativamente rejeitado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP).