A Polícia Judiciária Civil prendeu temporariamente na manhã desta quarta-feira (10), os dois policiais militares acusados da morte do operador de máquinas, Juarez Rodrigues, 26 anos. O corpo da vítima foi encontrado no dia 23 de outubro enterrado às margens do rio Nandico, em Sinop (500 Km de Cuiabá), sem a cabeça.
O cabo da PM César Fernandes Ventura e o soldado PM José Paulo Silva e Souza estão presos no Comando Regional de Sinop e deverão ser transferidos ainda hoje para o Presídio Militar de Santo Antonio do Leverger (34 km ao Sul). A prisão temporária (30 dias) foi decretada no final da tarde de terça-feira (09).
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Joacir Batista, testemunhas apontadas nos interrogatórios dos policiais deverão ser ouvidas esta semana para confirmar a versão apresentadas pelos militares.
Conforme o
Olhar Direto apurou, o cabo Cesar Fernandes Ventura e o soldado José Paulo Silva e Souza prestaram depoimento na última terça-feira (26) ao delegado da Polícia Civil, Joacir Batista, e negaram qualquer participação no assassinato e decapitação do operador de máquinas.
O cabo Fernandes disse ao delegado que ele e o soldado José Paulo detiveram Juarez, naquele domingo, porque ele estava perturbando em um clube de Santa Carmem (535 km de Cuiabá), mas que depois soltou o homem e que há testemunhas disso. O PM sustenta ainda que, depois de ter soltado Juarez, foi atender uma ocorrência de furto em uma fazenda do município, inclusive na companhia do proprietário da área.
O delegado perguntou ao cabo se ele havia levado um soco de Juarez, há tempos atrás, conforme a irmã da vítima, Marines Rodrigues, apontou durante uma entrevista na TV Cidade. O policial negou e disse que havia preso Juarez em determinada ocasião por ameaça a terceiro, mas que não teve nenhuma desavença com o operador de máquinas. Com assessoria.
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