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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Reforço para construir o Fielzão, arquiteto alemão fala em satisfazer o “real espírito” do corintiano

Reforço para construir o Fielzão, arquiteto alemão fala em satisfazer o “real espírito” do corintiano
Doutor em Engenharia de Estruturas e ex-professor das Universidades de Frankfurt e Hannover, o arquiteto Werner Sobek, de 57 anos, também se destaca por ser especialista em coberturas e expert em obras com sustentabilidade ambiental. O experiente profissional é o mais novo reforço do Corinthians para transformar o futuro “Fielzão” em um dos estádios mais bonitos, modernos e ecologicamente corretos do planeta.


Dono de obras de grande porte espalhadas por todo o planeta – cobertura do Aeroporto de Bancoc, Museu Mercedes-Benz, entre outras -, Sobek, cujo trabalho será exposto pelo Goethe Institut, na Bienal de arquitetura que acontecerá em 2011, foi o escolhido pelos arquitetos da CDC (escritório contratado pelo Corinthians para levantar o estádio) para dar toda a consultoria necessária a fim de atender às exigências dos padrões Fifa de qualidade.

O arquiteto alemão tinha viagem agendada ao Brasil nesta semana para dar uma palestra sobre o estádio que será a sede paulista na Copa de 2014, mas foi obrigado a adiá-la por problemas familiares. Em entrevista exclusiva para a reportagem do R7, no entanto, antecipou o que planejava expor em sua visita ao país.

Destaca-se entre as ideias de Sobek a preocupação em aliar um estádio “de tirar o fôlego” sem prejudicar o meio ambiente. Segundo o alemão, “não basta o estádio ser altamente funcional e bonito. Precisa também ser verde, pois será construído não apenas para o presente, mas, principalmente, para as futuras gerações”.

Sobek não se mostrou preocupado com o fato de o bairro de Itaquera ser afastado dos grandes centros e não contar, até o momento, com a infraestrutura necessária para receber um estádio de Copa do Mundo – e aposta que a região será um novo “polo comercial” na capital.

“Apresentado” ao projeto original (para 48 mil espectadores) no fim do mês de julho, o alemão sabia da possibilidade da ampliação para 65 mil espectadores, sacramentada na última segunda-feira (8) pelo Corinthians – e garante estar pronto para adequar suas ideias às novas necessidades do Alvinegro e seus torcedores.

Leia íntegra da entrevista por e-mail:

R7 – Como e quando o projeto do estádio de Itaquera foi apresentado ao senhor?

Werner Sobek – O projeto do estádio do Corinthians em Itaquera chegou ao nosso escritório no fim de julho. Ele apresenta um design diferente quando comparado aos outros estádios, pois a cobertura não terá a usual forma redonda ou oval. O telhado não possui um anel de tensão ou compressão, mas apresenta uma solução um tanto retilínea para cobrir dois vãos grandes. Estamos trabalhando em uma estrutura translúcida e bem ampla, que não somente será de tirar o fôlego de tão bonita, mas também uma construção muito econômica.

R7 – O senhor tem alguma experiência em construção de estádios? Se sim, em quais trabalhou?

Sobek – Sim, nós temos experiências em todos os tipos de construções, incluindo estádios na Europa, África e Ásia. Atualmente, estamos trabalhando em dois grandes estádios, um em Tashkent [Uzbequistão] e outro em São Petersburgo [Rússia]. Nós também enviamos uma proposta para construir o estádio Olímpico dos Jogos de Inverno de 2014, em Sochi.

R7 – Qual será seu papel na construção do estádio corintiano e como pretende trabalhar com o arquiteto que assina a obra, o Anibal Coutinho?

Sobek – Nosso papel principal será apoiar os arquitetos do projeto em todos os aspectos estruturais. O objetivo é criar a mais eficiente estrutura e combiná-la com um lindo design. Se o estádio for expandido dos atuais 48 mil lugares para abrigar o jogo inicial da Copa do Mundo de 2014, revisaremos as plantas completamente. Temos um escritório em São Paulo e todo o plano de ajuste será feito por aí, com a cooperação direta dos arquitetos.

R7 – Quais vantagens o senhor vê em construir o estádio em uma área tão afastada do centro da cidade?

Sobek – A região de Itaquera vem se tornando um novo polo na cidade, devido principalmente à expansão em volta da estação de metrô Itaquera, Poupa Tempo etc. O metrô facilita a ida até lá e esse tipo de expansão urbana é uma grande oportunidade para uma região tradicionalmente desprivilegiada da zona leste de São Paulo progredir e mostrar quantas coisas podem melhorar em cidades brasileiras devido às expansões urbanas ligadas a construções centrais como um estádio.

R7 – Quais os principais desafios nessa obra?

Sobek – Nós estamos interessados particularmente em integrar sustentabilidade. O estádio, além de ser extremamente funcional e belo, deve também ser ecológico. Temos a certeza de que esse é um pré-requisito absoluto para construções modernas e valiosas que merecem nossa atenção e os desafios elas que reservam. Não estamos construindo apenas para o presente, mas para as futuras gerações também. É isso que devemos ter sempre em mente.

R7 – O senhor tem a noção exata do que significa a construção desse estádio para os torcedores do Corinthians?

Sobek - O Corinthians e seus torcedores têm sonhado com seu próprio estádio por muito tempo e eles definitivamente merecem conseguir sua casa. Nós faremos o nosso melhor para fazer dele uma conquista espetacular, digna do real espírito do Corinthians.
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