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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Copa 2014

Anel rodoviário é o principal problema para ser resolvido por Belo Horizonte para o Mundial

Nada de avenida Afonso Pena, Cristiano Machado ou Antônio Carlos. A via mais movimentada de Belo Horizonte não tem nenhum nome de personalidade. Pelo Anel Rodoviário passam cerca de 100 mil veículos por dia. Praticamente sem obras relevantes nas últimas décadas e com os projetos de soluções praticamente paralisados, o anel rodoviário poderá ser o grande problema de Belo Horizonte para a realização do mundial em 2014, já que passa bem próximo ao Mineirão.


Construído para ser via de acesso à capital, ligando todas as rodovias federais que passam por Belo Horizonte, o anel rodoviário foi completamente engolido pela cidade. Hoje, a via corta a metrópole praticamente ao meio e deixa claro, erros de planejamento da época em que foi criado.

Mesmo sem ser engenheiro de tráfego, fica claro que a via já não comporta a quantidade de veículos em circulação. Os engarrafamentos são comuns, mesmo fora dos horários de pico, principalmente nos pontos onde, simplesmente, as vias marginais desapareceram ou foram invadidas por construções irregulares, obrigando motoristas que se deslocam de um bairro para outro, ou ônibus do transporte coletivo municipal, a entrarem na pista principal.

A outra característica do anel viário é a quantidade de caminhões. Quem vem da Fernão Dias, por exemplo, e precisa ir à Brasília, tem que passar pelo anel de Belo Horizonte. O mesmo ocorre se o destino for o Vale do Aço, Vitória ou Rio de Janeiro.

O trânsito pesado tem suas conseqüências. No primeiro semestre deste ano, 20 pessoas morreram em acidentes no anel. A maioria causados por caminhões, principalmente no trecho entre os quilômetros 1 e 7: uma descida forte para quem chega do Rio de Janeiro.

Soluções já foram pensadas. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) fez um projeto chamado de “revitalização”, onde a via seria transformada em uma grande avenida, com instalação de empresas de serviço. Só que o projeto foi “reprovado” em julho pelo Tribunal de Contas da União, por suspeita de superfaturamento. A licitação, que já estava em curso, foi cancelada
e não há previsão para outra.

Outra solução seria a construção do Rodoanel, ligando as BRs 381 e 262, e retirando o trânsito de caminhões do anel rodoviário. A obra está em fase de estudo, mas a possibilidade de ficar pronta para o Mundial de 2014 é considera remota por especialistas. Além de caro e trabalhoso, o projeto deve ter complicações ambientais, já que o asfalto deve passar por uma importante área arqueológica em Lagoa Santa e Confins. O risco de paralisação é grande.

O jeito mesmo é tentar destravar a revitalização. Para isso, mesmo antes de tomarem posse os deputados federais de Minas, mesmo os de oposição, estão tentando fazer pressão na presidente eleita, Dilma Rousseff, para que o Ministério dos Transportes, ou a direção geral do DNIT fique com um representante de Minas Gerais.

Além do anel, a ocupante do cargo também poderia ajudar a desengavetar a duplicação da BR 381, entre BH e Ipatinga, e melhorar o acesso para Sete Lagoas pela BR 040 - duas cidades candidatíssimas a subsedes do Mundial de 2014.

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