O negociador americano para a desnuclearização na península coreana, Stephen Bosworth, destacou nesta terça-feira (23) em Pequim, depois de se reunir com representantes do governo chinês, que tanto os Estados Unidos quanto a China consideram que uma guerra entre as duas Coreias seria "muito indesejável".
A declaração foi feita após ambos analisarem o ataque com tiros de artilharia realizado nesta terça-feira pelo regime norte-coreano contra o vizinho do sul, incidente que deixou ao menos dois soldados mortos e vários feridos.
Bosworth, que reiterou a condenação dos EUA ao ataque de artilharia "iniciado pela Coreia do Norte", ressaltou que, em suas reuniões com os responsáveis chineses, ambas as partes concordaram também que as duas Coreias devem "agir com moderação".
Ele não indicou com que autoridades chinesas se reuniu, mas, anteriormente, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês apontou que na agenda estavam previstos encontros do negociador americano com seu colega chinês, Wu Dawei, bem como com Cui Tiankai, vice-ministro de Assuntos Exteriores.
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O negociador não quis qualificar de crise o ocorrido nesta terça-feira na península coreana, mas reconheceu que "os fatos falam por si sós".
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Ele disse que não deve mudar sua agenda, apesar dos fatos e, por isso, voltará aos EUA após ter visitado Coreia do Sul, Japão e China. As reuniões de Bosworth com autoridades chinesas já estavam previstas do ataque desta terça-feira nas Coreias.
Essas reuniões inicialmente buscavam, mais uma vez, a reativação das conversas de seis lados para a desnuclearização na península coreana, iniciadas com a China em 2003, mas paralisadas desde finais de 2007.
As negociações de seis lados são realizadas entre as duas Coreias, EUA, Japão, Rússia e China. A China é o maior aliado político da Coreia do Norte e seu principal fornecedor de ajuda econômica.
