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Sábado, 04 de maio de 2024

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Morreu a nossa professora. Era a professora dos cuiabanos, se chamava Jovelina Malheiros, ou melhor, se chama Jovelina Malheiros. Naqueles tempos em que Cuiabá era um cidade ainda pequena, em que todos se conheciam numa grande família, Dona Jovelina era a dona do Colégio Santo Agostinho, que ficava bem ali na descida da Rua Barão de Melgaço, antes da Isaac Póvoas. Era um colégio sem tranca, com uma meia-porta em que geralmente se encontrava o papagaio Mulata, sempre a berrar ''UDN já ganhou, já ganhou...Lacerda!Lacerda!''. A casa era daquelas antigas, que transmitem sossego e abraça aqueles que a adentram. Logo abaixo ficavam as carteiras de madeira, em que sentava-se aos pares. Meninos e meninas aprendendo a cidadania, aos cuidados da míuda professora de gestos delicados. Naquela sala com teto elevado, janelas de madeira,o ensino se tornava mais doce com os famosos pirulitos de Dona Caetana. Mas hoje, a professora Jovelina, professora de tantos e tantos cuiabanos, faleceu. Pouco antes dela partir, fui a beira de seu leito no hospital e ela sem poder nada falar, me fitou, com dois olhos doces, saudosos e que refletiam um tempo que nossa cidade era uma outra. Era uma cidade em que a morte da mais querida professora de todos cuiabanos não receberia um silêncio tão eloquente quanto este após sua morte. Adeus, Tia Jovelina, a senhora permanecerá viva no coração dos cuiabanos que tiveram a benção de seus ensinamentos.
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