Cidadãos de Cáceres puderam prestigias uma oficina sobre Flores Tropicais durante o I Encontro Mato-grossense sobre Turismo Rural na agricultura familiar, no segundo dia do encontro (02.12).
As instrutoras Márcia Rosely Carvalho e Rosany Cristina Carneiro, do Rancho Paraná - empresa de agricultura familiar, na cidade satélite de Brazlândia-DF, que trabalha com turismo rural e é reconhecida pelo Prêmio Êxito Empresarial 2006 no ramo do agronegócio - ensinaram sobre arte floral, manuseio, confecção e elaboração de arranjos florais com flores tropicais, para um grupo de cerca de 50 pessoas entre produtores, alunos, técnicos da Empaer.
Os arranjos são exóticos e precisam de harmonia para se tornar esteticamente atraente. São utilizados para alegrar e dar vida em casa no dia-a-dia, em festas de casamentos, formaturas, eventos sociais, institucionais e governamentais como decoração. As principais ferramentas utilizadas na confecção e elaboração dos arranjos florais são específicas para floristas (canivetes, afiador suíço, tesoura profissional 795 (para corte grosso), tesoura 803 bico reto e tesoura 803 A bico torto).
Depois de fazer a colheita das flores, elas devem ser limpas, retirando completamente as folhas das plantas. Elas são amarradas em ramos, com padrão de altura de haste de 1 metro a 1.20cm, suas flores são cobertas por um plástico transparente e dessa forma estão prontas para comercialização.
Para a confecção dos arranjos florais, as instrutoras ensinaram uma preparação para dar brilho às flores e hastes, que é umedecer um pedaço de pano numa solução de água com um pouco de óleo de soja. Uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água garante a saúde e beleza das flores e folhas por mais tempo. Esta mistura deve ser utilizada também nos vasos de vidro, por exemplo.
A espuma floral utilizada como base do arranjo, deve ser colocada numa bacia com bastante água, por pelo menos dois minutos. Após isso, deve-se deixar que a espuma absorva sozinha a água, para que ela fique completamente encharcada, e isso irá fazer com que as flores fiquem hidratadas e durem mais.
Foram utilizadas várias opções alternativas como vaso e base para começar o arranjo, desde garrafinhas de vidro, aquelas de refrigerantes, vasilhas plásticas do tipo que custa R$ 1,99, espumas florais, vasos de vidro, garrafas PET, vasos de barro, coco-verde e até cabaças, fibras de coco e partes inutilizadas de coqueiros. A idéia de trabalhar com vários materiais e formas foi para aguçar e dar início ao processo criativo de cada um.
Para compor os arranjos pode-se utilizar materiais como fibras de sisal, frutas desidratadas em rodelas (como laranja, limão e carambola), musgos, cipós, espumas florais, sementes, papel celofane, elástico para dinheiro (para prender o celofane revestido na espuma floral) e outros. Com as próprias folhas da palmeira areka é possível trabalhar um trançado original ou simplesmente aparar suas folhas com uma tesoura o que torna a folha com aspecto moderno e irreconhecível.
As heliconias utilizadas foram as pequenas (jamaican, golden torch), médias (alan carle, nickeriensis, irish red, lone lovers) e grandes (bihai, bourgueana, rostrata), além das alpineas, bastão do imperador, strelitzias, mini abacaxis, calathea cascavel, zingiber (gengibre quando pequena e sorvetão quando grande). Das folhagens, foram utilizadas a dracena larga e estreita, pau d’água, folha de palmeira areka, junco, musgo, raphis, pandanus, mini papiros, xanadú.
“Trabalhar com flores além de ser um prazer e uma terapia pra gente é como vender emoções, pois elas podem estar presentes nos melhores momentos da vida: num casamento, na formatura, no nascimento de um bebê”, ressaltou a produtora e instrutora da oficina Márcia Rosely.
No final, houve sorteio de flores entre os participantes e exposição dos arranjos florais confeccionados durante a oficina.
