O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, a permanência de Fernando Haddad no Ministério da Educação. Em evento de entrega de 55 novos campi de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto, Lula afirmou, no entanto, que a escolha dos ministros é da presidente eleita, Dilma Rousseff.

"Ela tem que fazer um ministério que ela queira, que é a cara dela. Não sei se Fernando (Haddad) ficará na Educação. Não posso indicar ministro, mas se pudesse, indicaria eu mesmo. Só conseguimos fazer o que fizemos (no campo da educação) porque o Haddad montou uma equipe competente que o ajudou", afirmou.

Lula disse, ainda, que Dilma será mais pressionada a mostrar resultados à frente da presidência por ser mulher. "A eleição dela é mais uma vitória contra o preconceito: primeiro elegemos um metalúrgico, depois uma mulher. A mesma necessidade que eu tinha de provar que um metalúrgico podia governar esse país ela também terá. O preconceito na campanha dela foi mais forte do que contra mim em 2002 e 2006", declarou.


Todas as ações do governo feitas entre 2003 e 2010 serão registradas em cartório no próximo dia 15 de dezembro. "O que foi feito em cada ministério, cada centavo gasto, as obras feitas, e mandar para as bibliotecas, universidades, Congresso Nacional, redações de jornais. Quem vier depois vai ver e falar: eu tenho que fazer mais, eu não posso ficar para trás", disse.