O dólar comercial passou por firme ajuste de alta nesta quarta-feira, mas segue abaixo da linha de R$ 1,70. Depois de uma breve tentativa de baixa, a moeda americana subiu 0,65%, para fechar a R$ 1,693 na venda. Na máxima, a divisa foi a R$ 1,698. Vale lembrar que essa é a primeira alta em oito pregões.
O giro estimado no interbancário voltou a subir, passando dos US$ 3,5 bilhões, mais que o dobro do registrado ontem.
Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o dólar pronto ganhou 0,61% para R$ 1,6918. O volume subiu de US$ 62 milhões, para US$ 103 milhões. Também na BM&F, o dólar para janeiro apontava alta de 0,47%, a R$ 1,70, antes do ajuste final de posições.
A formação de preço ficou parcialmente independente da sinalização externa. A taxa refletiu o aumento de preço do dólar, mas não replicou a perda de força da moeda americana no fim da tarde.
Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, a preocupação maior dos agentes locais é com as atuações do Banco Central (BC).
Depois de quase um mês, a autoridade monetária retomou a estratégia de dois leilões ao dia no mercado de pronto. A primeira atuação dupla foi feita ontem e se repetiu nesta quarta-feira, reforçando a percepção de o governo estaria desconfortável com a faixa atual de preço.
Ainda de acordo com Galhardo, a percepção é de que a taxa de corte das operações do BC estaria ficando próxima ao teto das propostas, contra a atuação tradicional de pagar praticamente o preço do mercado.
No câmbio externo, o euro aponta leve baixa de 0,10% ante o dólar, negociado a US$ 1,325. Já o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 0,22%, a 80,02 pontos.