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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Commodities têm a maior queda da história em 2008

O ano passado fechou como o pior em mais de meio século para o mercado de commodities. O índice CRB Reuters-Jefferies, que estreou em 1956, fechou 2008 com recuo de 39%, declínio recorde para o período de janeiro a dezembro.


O S&P GSCI, outro índice usado como referência desde a sua origem, em 1971, registrou queda de pouco mais de 48%.

O ano passado foi um período de altas e baixas extraordinárias para as commodities. Teve preços recordes para petróleo (o barril chegou a US$ 147 em Nova York em julho), ouro, cobre e alumínio, num movimento de ascensão de seis anos que alcançou o seu auge em 2008. Em contrapartida, no segundo semestre, as baixas foram intensas, o que minou o desempenho dos índices que acompanham as matérias-primas.

O barril de petróleo em Nova York havia terminado 2007 cotado a US$ 95,98. O pregão da Bolsa mercantil fechou a US$ 44,60. No dia, a valorização foi de 14% em relação ao pregão anterior, por conta do anúncio da Rússia de que vai parar de fornecer gás para a Ucrânia. No ano, a queda foi de 53,5%.

Com apenas algumas raras exceções, como o ouro, as commodities encerraram o ano em retração desordenada, em decorrência da crise financeira mundial, provocada pelo aperto no crédito que vem levando os países mais ricos à recessão. Em Londres, o preço do metal subiu 3,8% em 2008, puxado pela expectativa de enfraquecimento do dólar.

O crédito restrito teve um impacto direto nas commodities. Os bancos de investimento limitaram radicalmente os recursos para os fundos de hedge.

Sem esse dinheiro, os fundos reduziram fortemente as previsões de que os preços continuariam subindo nos contratos de longo prazo, o que se refletiu de imediato nos vencimentos mais próximos.

Dois dos maiores fatores de sustentação dos mercados de commodities desapareceram ao longo de 2008. Primeiro, a esperança de que se experimentava uma alta única na história, descrita por analistas como um "superciclo", por causa da demanda ascendente dos países emergentes.

Depois, a ideia de que a China -o maior deles- se "descolaria" do restante da economia global. Os chineses não ficaram imunes aos efeitos da crise global de crédito. O país asiático continuará a crescer, sim, mas não na mesma proporção de temporadas anteriores.
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