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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Educação

Unemat gera polêmica ao abreviar calendário alegando crise

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está com um rombo de R$ 9 milhões em dívidas e pretende fechar as portas por quatro meses e dezessete dias para fazer economia. O novo calendário definido pela reitoria causou descontentamento generalizado na comunidade acadêmica e no comércio que se beneficia da movimentação de professores e estudantes no entorno dos campi. O reitor Taisir Karim definiu que haverá aulas aos sábados e o término do ano acadêmico será em novembro de 2009 com a retomada aulas apenas no final de março de 2010.


“Isso implica na qualidade do ensino que fica atropelado para resultar em uma economia irrisória. Além disso, a reitoria impôs o novo calendário sem nenhuma aprovação dos conselhos”, critica a professora Maria Ivonete de Souza, presidente da Associação de Docentes da Unemat (Adunemat). Conforme Maria Ivonete o reitor Taisir e o pró-reitor, Vitérico Maluf, têm falado que a crise financeira é proveniente dos PCCSs dos professores e servidores e da baixa arrecadação. Mas ela alega que a reitoria acompanhou todo o estudo de viabilidade para a implantação do PCCSs. “Os números foram pensados e discutidos por um ano entre todos os interessados, incluindo comunidade, reitoria, governo e Assembleia Legislativa. Agora não se pode alegar que a crise veio da implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários. Isto é incompetência da administração mesmo”, afirma.

O deputado estadual Alexandre Cesar (PT) falou sobre a crise da Unemat na sessão ordinária da semana passada. “A situação está a tal ponto que existe uma forte movimentação da comunidade acadêmica pelo ‘fora Taisir’”, declarou. Segundo Cesar no ano passado os deputados aprovaram leis para reverter a crise na instituição, mas existe resistência do reitorado da Unemat em colocar os dispositivos em prática.

“Aprovamos as leis em tempo recorde para implantar os PCCSs dos servidores e professores e para assegurar uma reorganização interna da Unemat referenciando: a elaboração de um novo Estatuto, a criação de um Conselho Curador para a fundação e a realização do Congresso Universitário. Os dispositivos também garantem a autonomia administrativa e financeira plena da instituição, atribuindo mais recursos para o orçamento. Todavia o Conselho Curador ainda não foi instalado, o prazo para criação do Estatuto já se expirou, o Conselho Universitário se reuniu após o Congresso Universitário e não homologou o novo Estatuto como deveria e agora, segundo se noticia nos sites, há uma medida de contenção de despesas que reduz o calendário letivo há somente sete meses, dando férias coletivas por quase cinco meses em uma universidade pública, concentrando aulas nos finais de semana. Portanto é um quadro bastante tenso o que se estabeleceu na Unemat”, discursou o parlamentar.

Segundo o deputado, é inaceitável atribuir culpa às leis aprovadas pela AL para a crise, pois elas foram definidas de forma consensual com previsão orçamentária. “Se há uma crise agravada em razão da aplicação dessas normas, que leva a atual administração da Unemat a não cumprir o que está na lei para garantia da sua própria autonomia, essa responsabilidade deve ser atribuída não aos movimentos sociais ou às representações das categorias, nem ao governo do Estado ou a esta Casa, mas à atual administração da Unemat”, ponderou.
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