Os motoristas de ônibus mais antigos lá mandaram seus recados às empresas: não aceitam exercer também a função de cobradores como elas estão querendo. Por razões óbvias. Além de terem que enfrentar o caótico trânsito de Cuiabá, passariam a ter que receber o dinheiro da tarifa e passar troco, liberar catracas, cuidar do fechamento das portas, operar o degrau móvel para cadeirantes. Além disso, alegam ( com razão) que o tempo de parada nos pontos iria aumentar. Alguns preferem ser mandados embora. As empresas até fazem isso. O problema é que as rescisões geralmente acabam na Justiça do Trabalho. Sintomaticamente muitos ônibus estão circulando com cartazes anunciando ‘Contrata-se Motoristas’.