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Segunda-feira, 27 de maio de 2024

Notícias | Economia

Queremos alta do consumo, mas com 'água na fervura', diz Mantega

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta sexta-feira a importância de medidas no sentido de segurar em alguma medida o consumo. Segundo ele, que o governo vai continuar trabalhando para que a taxa de crescimento da economia fique o mais próximo possível do patamar desejado de 4,5%.


“O que nós queremos não é eliminar o aumento do consumo, temos que zelar por esse mercado consumidor, que é um diferencial do Brasil em relação a outros países”, disse, em almoço com empresários em São Paulo, promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil. “Trata-se de colocar um pouco de água na fervura, porém mantendo uma taxa de crescimento", destacou.

Mantega projetou um avanço de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, em comparação ao quarto trimestre de 2010. “No segundo trimestre já observaremos uma desaceleração da economia para o patamar que desejamos”, disse.

Na avaliação do ministro, a grande virtude do crescimento brasileiro nos últimos anos e agora em 2011 é a alta contínua dos investimentos. Para o ano, a projeção é que a taxa de investimento avance 10,4%, e que o consumo das famílias cresça 5,6%.

“É importante que o crescimento cresça pelo menos duas vezes a taxa do PIB e seja acima nível de crescimento do consumo”, disse. “Isso mostra que o ajuste que queríamos está se verificando, que é atenuar o crescimento do consumo e manter o estímulo para o investimento”

Inflação
Em relação à inflação, o ministro disse que o governo continuará tomando “todas as medidas” para que a taxa fique o mais próximo possível do centro da meta deste ano, de 4,5%, e que alcance esse patamar em 2012.

“Nos próximos meses a inflação será bem menor, ela está em declínio”, disse, destacando que os preços das commodities, dos alimentos e dos combustíveis estão em queda.

Superávit primário
Mantega afirmou ainda que o superávit primário do setor público, a ser divulgado na próxima semana, deve chegar a “algo em torno de R$ 60 bilhões” no acumulado de janeiro a abril, o que corresponderá a metade da menos de R$ 117 bilhões para o ano.

Segundo ele, o Brasil é hoje um dos países com maior solidez fiscal, com projeção de déficit nominal abaixo de 2% em 2011. “O déficit nominal tenderá a zero nos próximos anos”.
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