Como em um jogo de xadrez, o advogado, professor, apresentador de TV e presidente do diretório municipal do PDT em Rondonópolis, Carlos Vanzeli, analisa friamente o tabuleiro político e expõe sua estratégia para dar um xeque mate e se apresentar como nova alternativa ao eleitor da cidade. Ele afirma que seu projeto eleitoral não é mais um ‘balão de ensaio’, e enxerga a possibilidade de vitória se conquistar os eleitores que não apoiam o atual prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB), nem o deputado estadual Percival Muniz (PPS) nem tampouco o ex-governador Rogério Salles (PSDB).
Ele estima que Pátio detém um grupo de 20 mil eleitores fiéis, Percival mantém outros 20 mil e Rogério Salles 5 mil, de modo que restam cerca de 70 mil eleitores buscando o novo, um gestor competente, que respeite a população e tenha honestidade como adjetivo. “O eleitor deu um recado muito claro à classe política nas eleições de 2010. No momento em que deu vitória ao Mauro Mendes e ajudou a eleger Pedro Taques com diferença de apenas mil votos em relação a Blairo Maggi, a comunidade de Rondonópolis disse: estamos cansados dos mesmos. Queremos uma renovação política”.
O advogado crê que sua candidatura tem viabilidade. Com apoio de Adilton Sachetti, ele acredita que terá a transferência de cerca de 10 mil votos. Sachetti representa a imagem anti-Zé do Pátio e detém votos dos eleitores arrependidos em não ter votado nele não por sua capacidade de gestão, mas pelo seu comportamento. Com apoio do senador Pedro Taques, Vanzeli supõe que conquistará outros 10 mil votos. “Sou um dos pré-candidatos com menor rejeição, não tenho desgaste político e tenho um passado limpo”.
Outro fator que o motiva a disputar a prefeitura de Rondonópolis é a resolução da executiva nacional do PT que vetou aos diretórios municipais coligações com o PSDB, DEM e PPS como cabeça de chapa. “Conversei com o Mauro Campos (presidente do diretório do PT local) e ele disse que se o PDT fosse cabeça de chapa não teria problemas em coligar”, comentou.
O PT é um aliado do qual muitos vão buscar apoio não só pelos pedidos de votos da militância, mas pelo tempo do horário eleitoral. São sete minutos de TV. O PDT tem cerca de 2 minutos, o PSB 2min40s, o PV 1min10s e o PPS, apenas 48 segundos.
Mato Grosso Muito Mais
As pré-candidaturas do PDT, PPS e PSB devem convergir para um só nome após pesquisa eleitoral revelando qual dos pré-candidatos do Movimento Mato Grosso Muito Mais reúne condições de vencer o pleito em outubro. “Os demais candidatos, de maneira desprendida e altruísta, abrirão mão de sua pré-candidatura. Não é o passado político que determinará o candidato, nem o volume de dinheiro da campanha, não é nada disso, mas [sim] quem estiver melhor nas pesquisas”.
Vanzeli comentou que a pesquisa deve ser realizada no próximo ano entre janeiro e fevereiro. “Ela deve fica pronta antes do carnaval”.
Para se garantir, na próxima semana, Carlos Vanzeli inicia uma série de visitas em residências e empresas de Rondonópolis ouvindo a população sobre o que as pessoas esperam para a melhoria da cidade.
