O senador Pedro Taques afirma que não teme as represálais que possa vir a sofrer da executiva nacional do PDT, por manifestar um posicionamento contra a permanência do Ministro Carlos Luppi no Ministério do Trabalho. Ao lado de Cristovam Buarque (PDT/DF) e dos deputados Reguffe e Brizola Neto (PDT/RJ), o mato-grossense é considerado foco de resistência à decisão partidária, que optou por manter o apoio ao ministro trabalhista.
O deputado Paulinho da Força, presidente da força sindical, chegou a dizer que Taques, Reguffe e Buarque, deveriam sair do PDT, já que não estão em sintonia com a maioria dos integrantes do partido.
Na última segunda-feira (22), o PDT manifestou total apoio a continuação de Luppi no cargo, mesmo após as denúncias de cobrança de propina de ONGs que executam programas para qualificação profissional no Ministério do Trabalho.
Entretanto, o parlamentar continua e firme e declarou à reportagem do
Olhar Direto que mantém sua decisão de não apoiar a continuidade da gestão de Luppi. “Não temo represálias por parte do PDT, o deputado Paulinho da Força não fala em nome do partido, mas não vejo problema se quiserem abrir um processo contra mim dentro da executiva nacional. Não temo o PDT”, argumentou.
O senador saiu da reunião de ontem em dar declarações à imprensa, mas continua a integrar o quadro de parlamentares que mantém o apoio para investigações das ações obscuras em torno da relação do ministro com as ONGs.
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