Para explicar a crise que se instalou no MT Saúde, Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado de Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), pediu na sessão desta quinta-feira (24), que o governador Silval Barbosa determine a vinda do presidente do MT Saúde, Gelson Esio Smorcinski, e do secretário de Administração, César Zílio, na reunião do Colégio de Líderes, da próxima terça-feira (29), a partir das 15 horas.
Riva quer detalhes sobre a administração do instituto que culminou na crise e dificuldades no atendimento dos seus credenciados. Há denúncias de que os usuários do plano estão tendo dificuldades para conseguir marcar consultas, exames e outros procedimentos. A autarquia passou a ser administrada pela empresa Saúde Samaritano Administradora de Benefícios – SSAB.
Ontem (23), o governo divulgou nota explicando que a contratação ocorreu para evitar a inviabilidade do MT Saúde. “Temos certeza de que o governador tem interesse em ver esclarecida essa situação do MT Saúde. Nos preocupa muito, pois há 90 dias era um plano que atendia muito bem aos usuários e, de repente, começou aparecer uma série de reclamações, com o surgimento de uma empresa que, no mínimo, gera suspeita em função da data da sua constituição e a forma como ingressou nesse trabalho”, disse.
O deputado destacou que empresa anterior tinha know-how, pois acompanha desde o início da implantação do plano de saúde, com um sistema perfeito de conectividade, auditoria e rede. Por isso, a Assembleia Legislativa exige esclarecimentos para saber se a nova administradora do MT Saúde reúne as mesmas condições e, principalmente, apurar as denúncias de que a maioria dos servidores não consegue ser atendida e mesmo assim o dinheiro é gasto. “A Assembleia tem obrigação de fiscalizar e conhecer a idoneidade dessa empresa; saber se ela realmente tem know-how para prestar esse tipo de serviço. O que sei é que ela não tem sequer o sistema de gerenciamento do plano”, declarou Riva.
Parlamentar ainda lembrou a época em que a instituição recebia o aporte de 90% de recursos do estado. Atualmente, são apenas 30%. Contudo, relata Riva, se o MT Saúde continuasse sendo administrado nos mesmos moldes da empresa anterior, teria condições de se tornar autossuficiente em um ano. Os deputados Percival Muniz, Guilherme Maluf e Emanuel Pinheiro também cobraram providências imediatas do MT Saúde. “Muitos usuários não conseguem autorizações e vão para o sistema privado ou Sistema Único de Saúde. Espero que esclareçam o que está acontecendo com esse plano”, concluiu Maluf.
