O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) esteve reunido no início da noite de quarta-feira, na Câmara dos Deputados, com o relator da Comissão Especial que avalia o Projeto de Lei nº 2.330, de 2011, do Poder Executivo (Lei Geral da Copa), deputado Vicente Cândido. Na oportunidade, o deputado reforçou o pedido para incluir no relatório final a proposta de que 1% da arrecadação da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de Futebol de 2014, no que se refere aos ingressos, transmissão e utilização das imagens seja direcionado aos clubes profissionais de futebol habilitados para formação de futuros atletas. Hamm é sub-relator da Comissão na Região Sul do país.
Vicente Cândido reforçou a importância da proposta do deputado por ter apelo social. Ele lembrou que o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Volcker, quando participou de audiência na Comissão, no dia 8 de novembro, enfatizou que a FIFA está aberta para as tratativas no que se refere ao aspecto social.
Formação de atletas
Dada à relevância do assunto, o relator garantiu que levará a proposta à FIFA e também a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nos próximos dias. “Pretendemos inserir de alguma forma que os resultados também beneficiem os clubes formadores de atletas de futebol”, detalha o relator que parabeniza a iniciativa de Afonso Hamm.
Hamm, que já foi jogador de futebol da categoria de base e profissional, destaca que é importante ficar o legado aos clubes profissionais visando à formação de atletas de futebol. “A Lei Pelé reconhece os clubes formadores, no entanto, essas entidades precisam de suporte para a concretização dos projetos”, explica.
De acordo com o parlamentar, é necessário levar esse assunto ao conhecimento das entidades organizadoras, tendo em vista que serão beneficiados os clubes de base que atuam com futebol direcionado às crianças, adolescentes e jovens visando à formação. “No país existem, atualmente, 738 clubes confederados em todas as unidades da federação e por isso, ressalto a importância de iniciar um grande programa na formação desses futuros atletas”, opina.
A proposta, que teve boa repercussão entre os clubes, jogadores e comunidade em gera, foi apresentada durante o Seminário sobre a Lei Geral da Copa, realizado em Porto Alegre, no dia 18 de novembro, na Assembleia Legislativa. “Com os recursos, a ideia é construir Centros de Treinamento e assim, proporcionar a inclusão social, formar os jovens e dar oportunidade aos futuros craques”, enfatiza.
A proposta do parlamentar busca recursos das receitas com a venda dos ingressos. No total, serão 80 jogos, 64 jogos na Copa do Mundo de 2014 e 16 jogos na Copa das Confederações em 2013. “Com a arrecadação, na venda das transmissões, no direito de imagem, venda de ingressos, sugerimos a contribuição de 1%, o que representa uma estimativa de 1,6 bilhões de reais”, conclui.
