O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), ferrenho defensor da escolha do modal Veículo Leve sobre Trilho (VLT) para Cuiabá, disse acreditar que Mato Grosso está sendo usado como “bode expiatório” para embasar a derrubada do ministro das Cidades, Mário Negromonte.

Para o parlamentar, a denúncia de fraude no parecer que embasou a substituição do BRT pelo VLT faz parte de um movimento orquestrado contra o gestor e de um lobby em prol do corredor de ônibus (BRT). Ele ressaltou ainda que as críticas são feitas por quem não conhecem a realidade de Cuiabá e por último criticou o governo estadual pela tibieza dos esclarecimentos da questão.

“Mato Grosso está servindo de bode expiatório para derrubarem o ministro. Essa fraude é com o estado de Mato Grosso. O VLT é um sistema muito mais moderno e se escolher o BRT seria andar na contramão, já que a maioria dos estados que possuem o BRT o estão desativando. O governo precisa se comunicar mais e esclarecer melhor as informações sobre o VLT, sobre o que é uma obra de VLT e o que é [uma] obra de infraestrutura”, afirmou.

A polêmica teve início com a publicação de uma reportagem no jornal Estado de S. Paulo, acusando o ministro de ter pedido que o parecer contrário ao VLT fosse refeito pelos técnicos do órgão. O servidor Higor Guerra havia feito uma análise alegando ser inviável a mudança no modal de transporte, mas mesmo assim, o Ministério das Cidades autorizou o governo estadual a realizar a troca e construir o sistema de trilhos.

Sobre o valor da obra, Riva alegou que o montante de R$ 1,2 bilhão não é exclusivo para a instalação do VLT – trilhos, vagão e estações. O recurso é para todas as obras de infraestrutura e adequação para a instalação do modal.

Apesar do aumento de R$ 700 milhões no valor da obra, Riva alega que diante da durabilidade do VLT o investimento compensa, uma vez que o BRT já está ultrapassado.