Depois de ter seu pedido de cassação do ex-presidente do parlamento municipal Deucimar Silva (PP) rejeitado pela Câmara, o ex-vereador Ralf Leite (PRTB) afirmou em entrevista ao
Olhar Direto não ter mais esperança de voltar àquela Casa de leis ainda nesta legislatura, mas confirmou que ainda pensa em se candidatar novamente nas eleições de 2012.
“Eu já perdi as esperanças e sei que não vou voltar pra Câmara nesta legislatura. São interesses políticos que me mantém longe de lá, não tem nada de justiça. Eu estou avaliando ainda, mas não está descartado que eu me candidate novamente no ano que vem”, declarou Ralf.
Afastado de suas funções desde 2009 por quebra de decoro, o ex-vereador Ralf Leite aguarda a decisão dos parlamentares municipais para retornar à Câmara Municipal. Ele perdeu o cargo por ter sido flagrado na região do quilômetro zero, em Várzea Grande, praticando atos libidinosos com uma travesti de 17 anos. A Justiça já emitiu decisão favorável ao vereador, porque entende que não há provas suficientes para a condenação do acusado.
Durante entrevista, Ralf disse estar desacreditado que a justiça se faça no seu caso, já que o crime de desvio de R$ 1,2 milhões supostamente cometido por Deucimar é muito mais motivo de cassação do que o levou a ser ‘expulso’ do parlamento.
“Eu sei que hoje estou afastado da Câmara Municipal por interesses políticos de algumas pessoas, porque o que usaram pra me cassar foi algo que em nada tinha a ver com minhas funções de vereador. Enquanto isso, um cara que desvia R$ 1,2 milhões continua na função tranquilamente”, desabafou.
Caso Deucimar:
Mesmo que o pedido de Ralf contra Deucimar tenha sido negado, a Camara resolveu abrir uma CPI para investigar o vereador acusado de desvio. A CPI será presidida pelo vereador Edivá Alves (PSD), tendo como relator Missal Galvão (PR) e como membro Arnando Penha (PMDB). Ficam na suplência Adevair Cabral (PDT), Chico 2000 (PR) e Totó César (PTB).
Os vereadores que irão compor a Comissão terão 60 dias para investigar as possíveis fraudes existentes nas obras de reforma da Câmara, que custaram R$ 3 milhões aos cofres do poder legislativo da capital.
