O Ministério Público Estadual (MPE) precisa realizar uma espécie de ‘pente fino’ nos processos administrativos e licitatórios realizados na extinta Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) quando a pasta foi gerida pelo ex-secretário Vilceu Marchetti, declarou o promotor de Justiça Mauro Zaque, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa.

Em entrevista ao Olhar Direto, no começo da noite desta terça, Zaque explicou que o procedimento é necessário para se chegar a uma conclusão do que teria motivado o considerável aumento de R$ 26,3 milhões no patrimônio de Marchetti, entre junho de 2005 e abril de 2010, período em que comandou a Sinfra.

“Ainda que não dê para avaliar todos os atos, é preciso que se faça um pente fino nos atos mais evidentes e acompanhar os procedimentos mais importantes e de maiores valores”, asseverou o promotor, autor da ação civil pública que resultou na decisão do juiz Luiz Aparecido Bertolucci pela indisponibilidade de bens de Marchetti.

Sobre a argumentação do advogado de defesa do ex-secretário Ulisses Rabaneda, de que os valores apontados no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) referentes aos bens de Marchetti serem equivocados, Mauro Zaque assegurou que os preços foram apurados de acordo com o mercado.

“O que posso dizer é que se esse valor não for exato, pode ser ainda maior”, salienta o representante do Ministério Público.

Em decisão proferida na semanda passada e publicada na segunda-feira (12), como antecipou o Olhar Direto, o juiz decretou a indisponibilidade de bens de Marchetti por considerar o patrimônio do ex-gestor imcompatível com sua renda, o que caracterizaria enriquecimento ilícito.

Atualizada e corrigida às 02h