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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Debate sobre vestibular causa divergências e é decidido dia 15

O Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, estava lotado na manhã desta terça-feira. Os mais de 500 lugares foram ocupados por estudantes, professores e população em geral, interessados em discutir o novo sistema de vestibular unificado apresentado pelo Ministério da Educação, que usará o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, como novo sistema de seleção para universidades públicas. As opiniões dos presentes, apesar de bastante divergentes, penderam para a não aceitação do novo sistema.


O debate foi organizado pela Associação de Docentes da UFMT, Adufmat, que vem reclamando da falta de espaço nas discussões da instituição, a qual deve informar ao Mec a decisão de aderir ou não ao novo sistema até o próximo dia 15 de maio. Participaram da mesa de debate, além da Adufmat, Jelder Pompeo, do DCE da UFMT, Carlos Alberto Sanches do ANDES-SN, Flávia Nogueira, secretária adjunta extraordinária de políticas educacionais, a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, Harikan Heven, da UBES, e Pablo Rodrigo, da Une.

Abrindo o debate, participou a senadora Serys Slhessarenko (PT), representando o governo. Ela defendeu o novo sistema, alegando dois principais motivos, a democratização das oportunidades e o impacto que o Enem causaria ao ensino médio, melhorando-o. Ela expôs os pontos positivos e, logo em seguida, foi embora.

Representado o governo de Mato Grosso, a secretária adjunta Flávia Nogueira diz que não vê outro caminho além desse novo sistema de ingresso nas universidades. Ela explica que o Brasil já começou a empreender mudanças no ensino fundamental e médio e, por esse contexto, apoia que o vestibular seja modificado como o Ministério sugeriu.

Já Jelder, do Diretório Central dos Estudantes da UFMT, manifesta-se totalmente contra o vestibular unificado. “Isso só mascara o problema da educação. Tem que haver mudanças é nos ensinos fundamental e médio”, diz, frisando que esse sistema é mais uma “política de falseamento da democracia na universidade”.

A reitora Maria Lúcia contesta as acusações de que ela estaria retirando a discussão da adesão de perto da comunidade acadêmica. “Gostaria de desqualificar as falas que afirmam que essa universidade não discutiu o Enem. (...) A UFMT, de maneira pioneira, tem o Enem participando de seu processo seletivo desde 2001. Portanto, temos muito tempo discutindo o assunto. Este debate não começou hoje”, afirma a reitora.

Rebatendo as críticas, Maria Lúcia fez questão de ler, item a item, uma lista que, segundo ela, contém todas as pessoas, institutos, departamentos, conselhos e demais organizações com as quais a universidade dialogou sobre a mudança do processo. “O Enem já tem sido decisivo nos vestibulares daqui. Em 2009 foram mais de quatro mil alunos aprovados. Destes, 3.153 fizeram opção por utilizar a nota do Enem”, explica Maria Lúcia. A reitora dará uma entrevista coletiva às 10 horas da manhã desta quarta-feira para explicitar mais outros pontos e questões sobre o novo sistema de vestibular unificado.


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