O Partido Progressista (PP) avalia que a decisão liminar do ministro Cesar Peluzo, do Supremo Tribunal Federal, de negar liminar ao deputado Neri Geller para assumir a titularidade na Câmara dos Deputados, não representa uma derrota. O próprio Geller, que é o segundo suplente a deputado e pleiteia a vaga do primeiro suplente Roberto Dorner (PSD) sob a alegação de que o pedessista cometeu infidelidade partidária ao sair do PP sem ser titular do mandato, diz que a decisão deu mais confiança ao partido.

"O partido está muito confiante. O que o ministro Cesar Peluzo negou foi a liminar, e a encaminhou, segundo prevê o regimento interno do Supremo, à relatoria sem prejuízo para a apreciação de mérito. Os advogados do partido entendem que não houve derrota. Tratamos esee assunto com cautela", ponderou.

De acordo com o parlamentar, o partido não pode abrir mão de uma vaga de primeiro suplente se entende que possui argumentos sólidos para pleiteá-la.

"A resolução número 22.610 é muito clara e permite que haja troca de partido político desde que o detentor do cargo seja titular. No caso em questão, a resolução diz que suplente de mandato não pode trocar de partido, pois o caso configura infidelidade partidária. Estamos tranquilos em relação à análise do mérito", ressaltou. Esta análise será feita pela ministra Carmem Lúcia.

Neri Geller acredita que a decisão do Supremo em torno desse mandado de segurança está sendo observada por parlamentares de outros partidos. "Está todo mundo de olho nesta decisão. Partidos que perderam membros na condição de suplentes para outros partidos estão atentos a este julgamento", concluiu.

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