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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Processo Unificado

Enem já é usado por maiora dos aprovados da UFMT, diz reitora

Enem já é usado por maiora dos aprovados da UFMT, diz reitora
No último vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, dos 3.153 aprovados, 3.117 usaram o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, como auxílio à nota. Essa informação é um dos argumentos da reitora da instituição, Maria Lúcia Cavalli Neder, em defesa ao novo sistema de vestibular unificado, proposto pelo Ministério da Educação, e que terá o Enem como a principal ferramenta do processo seletivo.


As discussões sobre a adesão ou não ao sistema unificado têm tomado conta da UFMT, já que é no próximo dia 11 que o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, Consepe, irá reunir seus 46 membros para definir os rumos do processo seletivo da universidade.

Maria Lúcia explica que existem quatro maneiras de utilizar o Enem nos vestibulares, e não apenas a extinção da prova atual pelo Exame. Ele poderá ser usado para preenchimento de vagas remanescentes, como somatória na prova (o que já é utilizado pela UFMT desde 2002), como método único de classificação e, ainda, como uma primeira fase do vestibular, ficando a cargo de cada universidade elaborar a segunda fase.

Algumas universidades conceituadas como a Universidade de São Paulo, USP, Universidade de Campinas, Unicamp, e Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, já deram suas respostas ao Mec: não vão aderir ao novo sistema. Questionada sobre se isso não seria um sinal a ser considerado, Maria Lúcia afirma que, tanto essas como algumas outras instituições que não aderiram ao sistema agora, não o fizeram por duvidar ou desacreditar no novo processo, mas por questões de estrutura mesmo. Ela explica que algumas instituições têm processos seriados ou integrados e que isso inviabilizaria uma adesão imediata.

Abertamente favorável a utilizar o Enem como processo seletivo único da UFMT, a reitora diz que quem irá decidir é o Consepe. Ela diz que irá expor seus argumentos até quando for possível e acredita que esse novo sistema poderá ter um reflexo bastante positivo na qualidade do ensino médio.

Em resposta a argumentos que dizem que o Enem não vai mudar a realidade do ensino médio no Brasil, a reitora diz que não é, realmente, só o Enem que irá fazer isso, mas que ele faz parte de toda uma política educacional, de um processo. “Trazer o Enem, de qualquer uma das maneiras possíveis, já é uma forma de forçar a reflexão no sentido de mudar a educação”, diz Maria Lúcia. Esse ponto da discussão é proveniente do fato de que os vestibulares atuais são pautados pelo número de conteúdos e pela excessiva memorização e o Enem tem a prerrogativa de fazer uma avaliação mais interpretativa e analítica.

Ela explica que, obviamente, a transição para o novo sistema será difícil. “Esse ano, os alunos não estarão preparados. Ano que ano que vem também não. Talvez no outro também. Mas uma hora todos estarão. E é preciso começar o processo”, afirma a reitora, concluindo que respeitará qualquer que seja a decisão do conselho na próxima segunda-feira.
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