A despeito de terem brindado com garapa "a pacificação" de seus discursos e atitudes, na manhã de hoje, o senador Pedro Taques (PDT) e o empresário Mauro Mendes (PSB) não escondem, nos bastidores, o quanto as divergências de ambos os líderes e ambos os grupos podem ser prejudiciais a um entendimento futuro, tanto para 2012 quanto para 2014, mas sobretudo para o pleito de outubro.

Em verdade, os dois líderes dão exemplo de imaturidade, pra não dizer de infantilidade, ao trocarem farpas gratuitas via imprensa, sobre temas pouco relevantes para um processo eleitoral iminente.

Para os jornalistas, logicamente, as declarações intenpestivas são um prato cheio, assim como para os adversários da intrépida dupla. Todavia, palavras insensatas  podem transbordar ou ser a gota d'água em um processo eleitoral que promete ser intenso, repleto de intrigas e, portanto, tenso.

Uma palavra mal colocada, um gesto vão ou uma frase de contestação num contexto já negativo pode por projetos a perder ou na lata do lixo da política municipal e estadual.

As palavras têm muita força e podem revelar alto pode desconstrutivo quando exarcebadas ou quando a militância não entende os recados sutis, embora grosseiros e ingênuos.

Aí, muitos diálogos possíveis não podem ser retomados e pode ser tarde para costurar alianças e projetos de poder, porque algumas defecções tornar-se-ão inevitáveis diante do lusco-fusco do ocaso. E qualquer situação crespuscular em política pode significar trevas de incertezas.

Divergir e dissentir é natural em todo e qualquer grupo político, mas até os petistas aloprados sabem encerrar discussões banais quando o futuro do grupo está em jogo. Quando não sabem arrefecer os ânimos, como ocorreu na eleição passado, colocam tudo a perder. Que o digam Serys Slhessarenko e Carlos Abicalil, hoje no ostracismo.

Taques tem um mandato, mas oito anos passam rápido e humildade, canja de galinha e uma dose de sensatez não fazem mal a ninguém. Mendes só tem seu nome e sua reputação, que na política atual não valem muito.

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