Num embate que promete mais polêmica e ainda pode estar longe do fim, o secretário extraordinário da Copa de 2014, Eder Moraes, afirmou, em tom irônico, que se se tirar as palavras prisão e cadeia do vocabulário do senador Pedro Taques (PDT), o parlamentar pedetista ficará sem discurso. 

"Ele (Taques) se ‘especializou’ em ameaçar pessoas", asseverou Eder Moraes, em tom de desdém, diante a resposta de Taques, que, nas entrelinhas, questionou a honestidade e a retidão de caráter do secretário.

A afirmativa de Eder foi dada em entrevista exclusiva ao Olhar Direto depois de o senador ter insinuado, em declaração à reportagem, que o secretário é acometido por transtorno de caráter e de desonestidade, e sugeriu que para tais males só cabem  processo e cadeia.

“Só falta agora o senador querer ameaçar também quem não votar nele em 2014”, ironizou Moraes, que também afirmou que o parlamentar está isolado no Senado, como se fosse um alienígena.

“Se ele (Taques) se dignasse a olhar do lado, veria sentado ao lado dele o brilhante senador Blairo Maggi (presidente da Comissão de Infraestrutura e Acompanhamento às Obras da Copa), que está de posse de todos os relatórios sobre o andamento das obras em Mato Grosso. Não era preciso subir na tribuna para esculhambar Mato Grosso e falar mal dos cuiabanos, nem tampouco denegrir a imagem do Estado, era só ele pedir pro colega de parlamento”, acusou.

Ainda mantendo o tom irônico, Eder lembrou que, em pronunciamento recente, o congressista chegou a dizer que as obras da copa em Mato Grosso eram como disco voador, mas que pra ele, o mandato de Taques é que se assemelha a um disco voador.

“Todos sabem que ele é senador, mas ninguém vê sequer um meio fio que ele tenha trazido para Mato Grosso. Ao contrário disso, Taques pensa em virar as costas para o Estado que o elegeu e ir morar e São Paulo”, disse.

Na visão do secretário, a fala do parlamentar sobre cadeia é uma clara demonstração de que ele faz uso de alguns movimentos como o MCCE, por exemplo, para ‘fabricar’ fichas sujas visando às eleições de 2014. “Eu encerro a discussão por aqui. Não vou mais dar palanque para este cidadão”, finalizou.

Leia Também:

Transtorno bipolar tem cura, mas para os de caráter e de desonestidade só mesmo processo e cadeia, diz Taques