O governador Silval Barbosa (PMDB) foi pessoalmente à reunião do segmento dos produtores rurais para apagar o incipiente incêndio que se instalava entre setor e o governo. Ao sair da mesa o peemedebista chegou a negar o atrito que se instalava. No entanto, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, sinalizou que a crise teve fim, admitindo a rusga.

O governador ficou pouco tempo em reunião com os produtores e foi embora logo após discursar, sem dar brecha para qualquer um dos presentes na plateia de manifestar. Apesar da rápida passagem, o clima de hostilidade dos produtores com o governo ficou claro.

Silval Barbosa afirmou que os produtores e o governo chegaram a um consenso. Lideranças do setor rural, especialmente sojicultores, pecuaristas e cotonicultores, protestavam contra o ‘tarifaço’ da Secretaria de Fazenda (Sefaz), que resulta no aumento de 0,5% da carga tributária do segmento.

Os produtores fizeram uma série de reivindicações ao governador, como por exemplo o aumento de cadeiras do setor no Conselho Diretor do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab). "Não vejo problema nenhum em atender esse pedido garantiu", o governador.

Apesar do entendimento entre o governo e os produtores pregado por Silval, Rui Prado não escondeu que ainda existe um receio do setor com o aumento da carga tributária. "O setor está apreensivo com o aumento dos impostos", confessou

Os produtores, de um modo geral, alegam que o pacote tributário do Governo Estadual – 11 decretos e uma portaria – pode inviabilizar se aplicado da forma como foi ditado. O setor produtivo avalia que a mudança das regras vai causar um impacto (prejuízo) de R$ 1,15 bilhão.

Atualizada às 18h40.

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