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Sábado, 27 de abril de 2024

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Londrina mantém contrato de empresa de merenda que entregou maçãs podres

O secretário municipal de Gestão Pública de Londrina, Kentaro Takahara, afirmou na manhã desta sexta-feira (15) que a prefeitura manterá o contrato de uma empresa responsável pela distribuição da merenda escolar. Desde o início de 2009, a prefeitura recebeu várias denúncias de irregularidades, a última foi a entrega de maçãs podres em uma escola da zona sul no mês de março.


A terceirização por meio da empresa será mantida até o fim de outubro, quando encerra o vínculo contratual. A medida, segundo Takahara, foi tomada pelo bom senso de se cumprir o contrato.

De acordo com o secretário, assim que a nova administração assumiu a prefeitura, no dia 1º de maio, o caso da merenda escolar vem sendo estudado.

No entanto, Takahara disse que, mesmo com os problemas apresentados anteriormente pela empresa, o mais prudente foi manter o contrato. “Esse é um caso delicado, pois envolve a qualidade da merenda distribuída às crianças e uma logística muito grande, assim tudo tem que ser pensado com serenidade. Por isso, estamos trabalhando intensamente para chegar a um modelo ideal de gestão”, comentou.

Segundo Takahara, para evitar novos problemas com a distribuição da merenda, a administração intensificou a fiscalização e o monitoramento para constatar se a empresa está cumprindo todas as cláusulas do contrato. “Estamos acompanhando de perto e não registramos mais nenhuma reclamação, além de verificarmos que a distribuição das merendas está dentro do contrato”, disse.

A Prefeitura estuda três modelos para gerir a merenda escolar a partir de outubro: a manutenção da terceirização, a municipalização dos serviços e um gerenciamento misto, com parte da responsabilidade do município e outra parte terceirizada.

Conforme o secretário, o modelo será definido em reuniões com os diretores das escolas e o Conselho de Alimentação, e a definição deve sair em 30 dias. “Não podemos demorar muito para chegar a um modelo. No entanto, ele será escolhido em consenso e será apresentado para o prefeito. Nossa maior preocupação é garantir a qualidade da merenda”, afirmou.

Problemas e reclamações

Os problemas da prefeitura com a empresa se arrastam desde o começo do contrato, em 2006, quando a prefeitura terceirizou o serviço por R$ 10,4 milhões anuais. No início de fevereiro deste ano, uma escola da zona oeste denunciou a empresa depois que percebeu ter recebido carne imprópria para o consumo. O produto foi trocado e a carne não chegou a ser consumida.

No início de março, algumas escolas reclamaram que a empresa deixou de fornecer algumas frutas e verduras previstas no cardápio. No dia 10 de março, o diretor da Escola Municipal Eugênio Brugin, localizada na zona sul, denunciou que a empresa responsável pela distribuição da merenda entregou na escola maçãs podres. Aproximadamente 420 alunos ficaram sem a fruta que seria entregue como sobremesa.

A gestão do prefeito interino, José Roque Neto (PTB), criou uma comissão para acompanhar as denúncias. No relatório final, a comissão apontou todas as irregularidades denunciadas pelas escolas, como armazenagem de alimentos sem condições técnicas, fornecimento de carne de qualidade inferior à especificada em contrato, entrega de porções individuais reduzidas, alteração do cardápio sem aviso à prefeitura e problemas com a distribuição de hortifrutigranjeiros.

Roque Neto chegou a anunciar o rompimento do contrato com a empresa, mas não formalizou a decisão.
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