A sucessão no município de Primavera do Leste (localizado a 230 km de Cuiabá) poderá ser polarizada entre dois candidatos: o ex-prefeito Érico Piana (DEM) e o empresário e advogado José Antonio de castro leite Nogueira (PSB), popularmente conhecido como Toninho.
O Democratas de Piana articula uma composição política com PSD, sigla capitaneada pelo deputado José Riva e que pode indicar o candidato a vice-prefeito. Já a sigla socialista articula apoio com o PTB, PT, PP, PPS e PRB. O PSDB ainda não participa de articulações com nenhuma sigla.
O fato é que o quadro sucessório em Primavera ficou nebuloso, segundo fontes do
Olhar Direto, diante do afastamento de Viana da prefeitura por atos de improbidade administrativa, malversação de recursos e desvio de dinheiro público.
Como prefeito, Getúlio Viana (PR) - afastado do cargo - deveria ser o principal protagonista político do processo eleitoral, mas devido a pressão da Justiça Eleitoral, ele sequer tem feito articulações políticas. O PDT teria no deeputado estadual Zeca Viana, irmão do prefeito, uma opção, mas para isso Getúlio deveria ter renunciado.
Outra opção do PDT pode ser o advogado Divadir de Pieri, egresso do PPS por sugestão do próprio deputado Zeca Viana, que, no entanto, não está conseguindo viabilizar esse quadro.
Diante desse quasdro, o vice-prefeito Paulo Berti, do PMDB do governador Silval Barbosa e do deputado federal Carlos Bezerra, pode ser a alternativa para o projeto político dos irmãoi Viana.
Segundo apurou a reportagem, Getúlio vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça (TJ), que o afastou do cargo. Ele acionou sua assessoria jurídica tão logo foi notificado da decisão judicial. A sentença pelo afastamento de Viana foi do desembargador Luiz Carlos da Costa, do TJ de Mato Grosso, e provocada por ação de 2011 do Ministério Público Estadual (MPE) devido a atos de improbidade administrativa, malversação de recursos e desvio de dinheiro público. O MPE também foi responsável pelo pedido de indisponibilidade dos bens do prefeito, que também foi concedido no processo.
Viana foi acusado de cometer irregularidades na licitação realizada pelo município em 2008 para contratar serviços de transporte escolar para a zona rural de Primavera. As tais irregularidades foram comunicadas ao MPE por denúncia anônima.
Por meio do pregão, Getúlio adquiriu ônibus velhos, transferiu-os para nomes de terceiros e firmou com estes contratos para o transporte de alunos da zona rural e urbana. Ainda segundo o MP, Viana ficava com parte do pagamento e entregava aos motoristas “apenas uma pequena quantia”.
Até a decisão do desembargador, Viana somente conseguia se manter no cargo porque a juíza de primeira instância de Primavera, Viviane de Brito Rebello Isernhagen, não havia acatado o pedido de afastamento formulado pelo MP.
Atualizada às 08h45
