“A política e os políticos adoram a traição, mas odeiam os traidores”, declarou o senador Pedro Taques (PDT) na tribuna do Senado Federal ao soltar farpas em um claro recado para o empresário Mauro Mendes, candidato a prefeito pelo PSB, que retomou às conversações com o PR.

Taques deu a alfinetada enquanto dava uma declaração sobre o Banco Cruzeiro do Sul. Sem citar nomes, o congressista mudou o foco do assunto e afirmou que começou a época da facada nas costas.

“Começou a época das convenções, a época da traição, da facada nas costas”, criticou o pedetistas. "Político não assina contradto, político dá a palavra e infelizmente alguns políticos não a têm", completou o senador.

Em entrevista concedida ao Olhar Direto na manhã de hoje, Taques, ao abordar o diálogo entre Mauro Mendes e o PR, disse que o socialista é que é o candidato e fala com quem quiser.

“Eu não sou candidato e o Mauro tem o direito de conversar com quem quiser”, assegurou o senador por telefone. A aliança com o PR inviabilizaria a continuidade do Movimento Mato Grosso Muito Mais (PDT/PSB/PPS/PV), que elegeu Taques ao Senado em 2010.

Desde que anunciou o projeto eleitoral, Mauro tem afirmado que sua linha é procurar o máximo de agremiações políticas a fim de conversar a respeito de apoios. Tal medida não é totalmente aceita dentro do núcleo duro do movimento.

Outro indício de que os partidos do Movimento estariam em busca de alianças partidárias opostas é a recente aproximação do PDT com o PT. Neste domingo (10), o pedetista Kamil Fares participou da convenção petista que definiu o vereador por Cuiabá Lúdio Cabral como pré-candidato da sigla.

Sobre isso, Taques foi taxativo. “O Lúdio é meu amigo e do Kamil, nós já conversamos com ele sobre política”. Ao ressaltar que se tratava de uma "visita de cortesia".



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