A Polícia Civil investiga fraude fiscal que envolve o candidato a vice-prefeito de Lucas do Rio Verde, ex-deputado e ex-secretário estadual Otaviano Pivetta (PDT). O investigado Miguel Vaz Ribeiro é presidente da Fiagril, empresa foco da apuração. Levantamento preliminar do inquérito aberto aponta previsão de R$ 100 milhões que podem não ter sido recolhido em impostos aos cofres públicos.
A fraude detectada consiste na emissão de cerca de 800 notas fiscais falsas na Agência Fazendária do município para produtos agrícolas inexistentes, de acordo com um Processo Administrativo Disciplinar da Secretaria de Fazenda (Sefaz) contra o servidor Wancley de Matos Sobrinho. O proprietário da empresa é o atual prefeito da cidade, Marino Franz, que está afastado da companhia.
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A polícia investiga os crimes de falsificação de documentos e sonegação de impostos. A fraude foi descoberta por agricultores e o contador da região, Florindo Foguesatto. Ele havia solicitado as notas emitidas por 11 produtores rurais clientes seus para lançar dados fiscais na Guia de Informação de Arrecadação (GIA). Vários documentos apresentados não continham uma das vias obrigatórias da nota fiscal.
Alguns produtores dizem que não emitiram nota, de acordo com relato do contador à polícia. A partir da falta dos documentos e para se resguardarem de eventual cobrança de multas por não recolher impostos, os agricultores fizeram boletim de ocorrência e solicitaram a anulação das notas.
Otaviano Pivetta já foi prefeito por duas vezes de Lucas do Rio Verde (1996-2004). Depois, foi secretário de Desenvolvimento Rural do governo Blairo Maggi (PR) e deputado estadual. Em 2010, foi candidato a vice-prefeito de Mauro Mendes (PSB) a governador.
A assessoria da empresa Fiagril informou que sua única manifestação sobre o caso foi feita no processo para as autoridades que investigam o caso e que não se manifestaria mais. (
Com informações do Jornal A Gazeta)
