O candidato a prefeito em Cuiabá, Carlos Brito (PSD), classificou como "venenosa" as declarações feitas contra ele pelo ex-secretário do governo Eder Moraes, que creditou ao concorrente o escândalo do desvio de verba pública conhecido como Caso Land Rover.

Brito também informou que o tema é "caso de polícia e não política". As informações de Brito foram repassadas via assessoria. O candidato do PSD ainda lamentou que seu adversário Lúdio Cabral (PT), quem Eder apóia, tenha permitido que a campanha "descambe para o baixo nível". O marqueteiro do candidato também rebateu insinuações de Eder Moraes. "O candidato Carlos Brito não tem nada a temer sobre o caso Land Rover. A declaração que saiu no site é venenosa", informa a assessoria. 

Eder eleva tom contra Daltro e vaticina panfleto apócrifo contra ele
'Em juízo', Eder afirma que contará tudo sobre a compra de Land Rover

Eder fez provocações na quarta-feira a Brito em reportagem do Olhar Direto, ao elevar o tom de cobrança contra o vice-governador Chico Daltro (PSD) sobre nomeação e exoneração do ex-assessor Rowles Magalhães Pereira da Silva, que atuava no gabinete do vice. Ele fez denúncias contra o governo de fraude e pagamento de propina na escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

"O Ministério Púbico tem todas as informações sobre o caso e sabe o que aconteceu e quem de fato conduziu o processo", completa Brito. "Carlos Brito não tem nada a temer. Ele não participou do descaminho do processo Land Rover. E não teme ameaça", ressalta a assessoria em nome de Brito.

"É lamentável que o candidato Lúdio Cabral tenha permitido que a campanha descambe para o baixo nível, perseguindo servidores públicos, cooptando apoios e fazendo uso de ameaças", arremata. Carlos Brito considera a atitude uma "agressão à transparência da eleição e à democracia".

Caso Land Rover

As denúncias e invetigações do caso Land Rover se caracterizou pela compra de 10 veículos da marca com equipamentos de informática para vigiar a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Um processo na justiça, ajuizado em ação civil pública pelo Ministério Público, cobra cerca de R$ 2 milhões de prejuízos ao Estado.

A ação pede indisponibilidade de bens de Eder Moraes e outros diretores da extinta agência do governo responsável pela Copa (Agecopa), atualmente substituída por secretaria (Secopa).

Eder era o presidente da Agecopa na época da denúncia do escândalo. O ex-secretário creditou a Carlos Brito, então seu diretor, como responsável pelo início do processo. Eder nega que tenha ocorrido erro no processo.

Marqueteiro

Já o marqueteiro de Carlos Brito, publicitário Júnior Brasa, também contra o qual Eder havia feito declarações desabonadoras, considera as afirmações do ex-secretário como "paranóia". Brasa acrescenta que não fará papel apócrifos (sem autoria) sobre debate na campanha, como anunciou o ex-secretário. Todos, diz, serão assinados.
 
"O marqueteiro de Carlos Brito, Júnior Brasa, diz que tudo isso é paranóia de Eder", relata a assessoria em nome do publicitário, ao confirmar que ele esteve com o vice-governador pela relação de amizade e que havia outras pessoas junto. "Qualquer coisa que quiser tratar de Carlos Brito, seja em programas, em panfleto ou outro material de campanha será assinado. Nada apócrifo". 

Eder havia dito que Brasa reunira-se com Chico Daltro na quarta-feira pela manhã para programar hipotético material difamatório contra ele. As críticas do ex-secretário ao vice-governador foram feitas após Daltro ajuizar ação criminal por calúnia a Eder.

O marqueteiro ainda deu um chega para lá em Eder. "Pode ficar tranquilo, vou tratar do processo eleitoral de forma transparente. Vou tratar e discutar assunto da campanha com candidato e não com quem não é candidato", avisou Brasa também via assessoria.



Atualizada às 10h26. Segunda atualização às 10h42